A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), C�rmen L�cia, se pronunciou na noite desta ter�a-feira sobre as cita��es ao tribunal, contidas no �udio entregue na semana passada � Procuradoria-geral da Rep�blica pelos delatores da JBS. Em v�deo, a ministra afirma que a Corte foi ferida como nunca antes.
“Agride-se, de maneira in�dita na hist�ria do pa�s, a dignidade institucional deste Supremo Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantes”, disse a ministra.
A ministra exigiu apura��o “imediata” dos fatos para que n�o restem d�vidas sobre a honestidade e lisura dos integrantes do tribunal perante a sociedade brasileira.
"Enviei ao diretor-geral da Pol�cia Federal e ao procurador-geral da Rep�blica of�cios exigindo a investiga��o imediata, com defini��o de datas para o in�cio e t�rmino dos trabalhos a serem apresentados com absoluta clareza a este Supremo Tribunal e � sociedade brasileira. Afim de que n�o fique qualquer sombra de d�vida sobre a dignidade deste Supremo Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantes”, disse no v�deo.
Em coletiva no in�cio da noite dessa segunda-feira, Rodrigo Janot afirmou que novos trechos dos �udios do empres�rio Joesley Batista, entregues na semana passada, revelam que fatos teriam sido omitidos nas informa��es prestadas nos depoimentos do acordo de dela��o premiada feito pela JBS. O conte�do foi classificado por Janot como "grav�ssimo".
Os comportamentos suspeitos teriam ocorrido envolvendo integrantes da PGR e do Supremo Tribunal Federal (STF). “Determinei abertura de investiga��o de ind�cio e omiss�o de informa��es sobre pr�tica de crime sobre o caso JBS”, afirmou.
Ainda de acordo com Janot, a omiss�o dos fatos, que teria aparecido em um �udio de cerca de quatro horas, foram entregues na semana passada. O fato, segundo Janot, pode inviabilizar a dela��o feita pelos executivos da JBS.
De acordo com a PGR, o material que suscitou as suspeitas teria sido gravado no dia 17 de mar�o deste ano e traz conversa entre Joesley e Ricardo Saud. “Apesar de partes do di�logo trazerem meras elucubra��es, sem qualquer respaldo f�tico, inclusive envolvendo o Supremo Tribunal Federal e a pr�pria Procuradoria-Geral da Rep�blica, h� elementos que necessitam ser esclarecidos”, informa a nota da procuradoria.