
Estreia amanh� em 737 salas de cinema no pa�s o longa Pol�cia Federal – A lei � para todos, que mostra como teve origem a Opera��o Lava-Jato, o esquema de pagamento de propinas a pol�ticos e fraudes em contratos da Petrobras. Hoje tem pr�-estreia em 452 salas, sendo 16 em BH, com 33 sess�es.
Apesar disso, ele e o produtor Tomislav Blazic fizeram quest�o de ressaltar que n�o se trata de uma produ��o com apelo partid�rio. “Esse filme n�o � um filme pol�tico. O que eu quero � provocar debate. N�s, brasileiros, passamos muito tempo da hist�ria ap�ticos e a pol�tica � feita para se discutir”, afirmou Antunes. A informa��o dos diretores � de que se trata de uma trilogia.
Desde que come�aram a tratar do filme, elenco e diretor t�m se revezado nesse coro de afastar poss�vel vi�s pol�tico do longa. O filme conta como surgiu a Lava-Jato e vai desenvolvendo o roteiro, mostrando qual o papel do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa at� chegar no esquema das empreiteiras. Nesse momento, o diretor destaca a pris�o do executivo Marcelo Odebrecht e a dela��o de Costa.
A figura do ex-presidente Lula tem destaque na trama. De maneira caricata, ele aparece, interpretado por Ary Fontoura, em grava��es de voz. A primeira delas, inclusive, arrancou risos da plateia.
A trama ainda evidencia o trabalho que envolveu a condu��o coercitiva do petista � sala presidencial no aeroporto de Congonhas, em S�o Paulo, onde ele foi interrogado. E quando a ex-presidente Dilma o nomeou para ministro de seu governo, decis�o que foi revertida posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Pol�cia Federal – A lei � para todos trata dos fatos ocorridos desde a deflagra��o da opera��o, em mar�o de 2014, at� mar�o de 2016. O pr�ximo roteiro vai tratar de abril at� as atuais fases, segundo o diretor.
Na sess�o de pr�-estreia em Curitiba, h� uma semana, estiveram presentes os principais personagens retratados pelo filme, incluindo o juiz S�rgio Moro, respons�vel por julgar os casos da opera��o na capital paranaense, o juiz Marcelo Bretas, respons�vel pelo bra�o da opera��o no Rio de Janeiro, e o procurador Deltan Dallagnol, al�m de delegados da Pol�cia Federal. No cinema, eles tiveram direito a tapete vermelho na entrada e, no caso de Moro, a aplausos de parte do p�blico que esperava para acessar as salas de exibi��o.
S�rgio Moro sentou-se ao lado de Bretas e passou boa parte do filme, e mesmo antes de come�ar a exibi��o, trocando impress�es e conversas ao p� do ouvido com o colega do Rio. Quatro cadeiras ao lado estava o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa. Sobre o filme, Moro foi econ�mico. Perguntado se gostou, ele se esquivou.
Mesmo quando provocado sobre se o personagem, interpretado pelo ator Marcelo Serrado, retratou fielmente os epis�dios. “Sobre o filme eu prefiro n�o comentar”. J� Marcelo Bretas reagiu com uma pergunta: “Ser� que eu apare�o?”, ao ser indagado se estaria nos pr�ximos longas.
Moro n�o � o protagonista do filme, mas coube a seu personagem momentos importantes. Num deles, a decis�o de liberar para a imprensa o trecho das escutas em que a ent�o presidente Dilma liga para o ex-presidente Lula e o informa do envio do termo de posse, “caso ele precise”.
O filme mostra o juiz pensativo sobre o que deveria ser feito, mas deixa claro que as grava��es ocorreram ap�s o per�odo determinado pela Justi�a e que coube a Moro a decis�o de liberar seu uso.