Bras�lia, 06 - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quarta-feira, 6, em dura manifesta��o na sess�o da Corte, a pris�o dos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud. Fux afirmou que Joesley Batista e Saud atentaram contra a dignidade da Justi�a. A mensagem foi feita como uma sugest�o direta ao procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, presente na sess�o - caberia ao Minist�rio P�blico Federal (MPF) pedir � Justi�a a captura.
"Eu verifico que esse epis�dio de ontem, 5, que foi difundido de forma transparente pelo Excelent�ssimo Sr. procurador-geral da Rep�blica, revelou que esses part�cipes do delito, que figuraram como colaboradores, eles ludibriaram o Minist�rio P�blico, eles degradaram a imagem do Pa�s no plano internacional, eles atentaram contra a dignidade da Justi�a e eles revelaram a arrog�ncia dos criminosos do colarinho-branco", afirmou Fux.
Antes da sess�o, ao ser abordado, o ministro do STF j� havia feito a primeira sugest�o pela cadeia para os delatores. Um dos pontos que mais incomodaram Fux foi a men��o a ministros do Supremo. "Eles procuraram degradar a imagem do Supremo Tribunal Federal atrav�s de uma bravata e, sem preju�zo, eles causaram enorme preju�zo ao Brasil no plano internacional", afirmou.
Procurada, a assessoria da JBS enviou uma nota em defesa de Joesley Batista e Saud. "Os colaboradores apresentaram, dentro dos prazos legais estabelecidos, as informa��es e documentos que complementam os esclarecimentos prestados previamente � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e continuam � disposi��o para cooperar com a Justi�a", diz a o comunicado.
Na segunda-feira, 4, Janot revelou conte�dos "grav�ssimos" encontrados em �udio gravado pelos colaboradores e abriu um procedimento administrativo na PGR para apurar suspeitas de omiss�o de fatos criminosos por delatores da JBS e de que o ex-procurador da Rep�blica Marcelo Miller teria atuado em favor da empresa nos preparativos para o acordo de colabora��o enquanto ainda n�o havia sido exonerado do MPF. O ministro Edson Fachin, relator do caso, decidiu tirar o sigilo nesta ter�a-feira, 5, e aguarda novo pedido de provid�ncias da Procuradoria-geral em rela��o ao caso.
(Breno Pires e Rafael Moraes Moura)