Bras�lia, 12 - No relat�rio em que detalha a atua��o de pol�ticos do PMDB da C�mara como uma organiza��o criminosa, a Pol�cia Federal divide o grupo em quatro n�cleos cujos integrantes possuem fun��es espec�ficas. Para os investigadores, esses n�cleos atuavam com divis�o de tarefas e de forma compartimentada, mas de maneira harm�nica e com interdepend�ncia. S�o elencados o n�cleo pol�tico/gerencial, o administrativo, o empresarial/econ�mico e o operacional/financeiro.
De acordo com a PF, o n�cleo pol�tico/gerencial determinava a nomea��o de nomes do n�cleo administrativo para posi��es de chefia ou relev�ncia em cargos p�blicos. Esse indicados tinham que aceitar as rela��es criminosas com o n�cleo econ�mico/empresarial para viabilizar o desvio de recursos p�blicos. Ap�s os desvios, diz a PF, os integrantes do n�cleo operacional/financeiro atuavam para efetuar os repasses de vantagens indevidas aos nomes do n�cleo pol�tico/gerencial.
Sobre os n�cleos, os investigadores apontam que o pol�tico/gerencial era formado por parlamentares e pessoas ligadas a eles. O administrativo era composto por pessoas colocadas em cargos do corpo t�cnico de �rg�os p�blicos. Empres�rios e executivos de grandes empresas nacionais formavam o n�cleo empresarial/econ�mico e operadores que atuavam como "institui��es financeiras clandestinas" compunham o n�cleo operacional/financeiro.
Para a PF, a organiza��o criminosa do PMDB da C�mara identificada na investiga��o atuou n�o s� na Petrobras, mas tamb�m em outros �rg�os p�blicos como a Caixa Econ�mica Federal, C�mara dos Deputados e Minist�rio da Agricultura. No entendimento dos delegados, embora as tarefas fossem divididas de forma estruturada, o n�cleo pol�tico/gerencial tinha ascend�ncia sobre os demais de forma a orientar os que faziam a capta��o de recursos dos empres�rios e fazer os valores circularem para financiar o grupo.
Procurada, a assessoria do PMDB n�o respondeu at� a publica��o da reportagem.
(Beatriz Bulla e Fabio Serapi�o)