Curitiba e S�o Paulo, 13 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva n�o respondeu a todas as perguntas durante audi�ncia nesta quarta-feira, 13, frente a frente com o juiz federal S�rgio Moro, da Opera��o Lava Jato. O petista foi interrogado em a��o penal sobre supostas propinas da Odebrecht.
A audi�ncia de Lula durou mais de duas horas. O primeiro a questionar o ex-presidente foi Moro. Em seguida, vieram o Minist�rio P�blico Federal e as perguntas da defesa.
Ap�s o interrogat�rio do ex-presidente, Moro passou a ouvir Branislav Kontic, ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma).
Lula � r�u por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro sobre contratos entre a empreiteira e a Petrobras. Segundo o Minist�rio P�blico Federal os repasses il�citos da Odebrecht chegaram a R$ 75 milh�es em oito contratos com a estatal. O montante, segundo a for�a-tarefa da Lava Jato, inclui um terreno de R$ 12,5 milh�es para Instituto Lula e cobertura vizinha � resid�ncia de Lula em S�o Bernardo do Campo de R$ 504 mil.
Na semana passada, Palocci rompeu o sil�ncio, fez um relato devastador e entregou o ex-presidente, a quem atribuiu envolvimento com o que chamou de "pacto de sangue" com a empreiteira Odebrecht que previa repasse de R$ 300 milh�es para o governo petista e para Lula.
Al�m do ex-presidente e de Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, tamb�m respondem ao processo o pr�prio ex-ministro, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula - que ser� interrogado na quarta-feira, 20 -, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e outros tr�s investigados.
Lula j� foi condenado na Lava Jato. Em julho, S�rgio Moro aplicou uma pena de 9 anos e seis meses de pris�o por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro ao petista no caso tr�plex.
H� ainda, sob a tutela da Lava Jato no Paran� uma terceira a��o penal. O ex-presidente � acusado por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro em obras do s�tio de Atibaia, no interior de S�o Paulo. Este processo poder� colocar Lula e Moro frente a frente pela terceira vez na Lava Jato.
(Ricardo Brandt, enviado especial, e Julia Affonso)