
O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, apresentou nesta quinta-feira nova den�ncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Desta vez, a acusa��o � de obstru��o � Justi�a e organiza��o criminosa. O procurador j� havia denunciado anteriormente o presidente por corrup��o passiva, acusa�a� que foi arquivada pela C�mara dos Deputados.
Al�m de Temer, Janot tamb�m denunciou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS); ministro da Secret�ria-Geral, Moreira Franco; o ex-ministro de Geddel Vieira, o ex-deputado e ex-ministro Henrique Alves; ex-deputado Eduardo Cunha; ex-deputado e ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures e Ricardo Saud. Segundo o PGR, o esquema desenvolvido permitiu que os denunciados recebessem pelo menos R$ 587 milh�es de propina.
De acordo com a den�ncia, os integrantes do “PMDB da C�mara”, teriam recebido propina em troca da pr�tica de atos il�citos. Entre os �rg�os que teriam sido utilizados como forma de obter as vantagens il�citas est� a Petrobras, Furnas, Caixa Econ�mica Federal, al�m do Minist�rio da Integra��o e C�mara dos Deputados.
A acusa��o de obstru��o a Justi�a leva em considera��o, segundo a PGR, d� tentativa dos acusados de tentar evitar que o doleiro L�cio Funaro firmasse acordo de dela��o premiada. Os pagamentos indevidos teriam sido tramados por Temer que teria instigado o empres�rio Joesley Batista a pagar vantagens a Roberto Funaro, irm� do doleiro.
Joesley e Saud foram inclu�dos na acusa��o de obstru��o porque perderam hoje (14) a imunidade penal ap�s o procurador concluir que os acusados omitiram informa��es da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) durante o processo de assinatura do acordo de dela��o premiada.
Durante a investiga��o, a defesa de Temer questionou os benef�cios concedidos a Joesley Batista pela PGR no acordo de dela��o.
O esquema, segundo Janot, tive in�cio por volta de 2006. Na �poca a crise envolvendo as den�ncias de pr�tica do pagamento de mensal�o, no governo do ex-presidente Lula, estavam em alta e Temer, junto a Henrique Alves, negociaram cargos em troca de apoio. Esses postos foram em posi��es-chave e a partir deles foi constru�do o esquema de pagamento de propina.
O relat�rio da Pol�cia Federal, usado na den�ncia, aponta que integrantes do PMDB, incluindo o presidente Michel Temer, formaram uma organiza��o criminosos para cometer crimes - como corrup��o, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas - e atuar na Petrobras e em outras esferas da administra��o p�blica. O documento indica tamb�m que Temer recebeu R$ 31,5 milh�es de vantagens por participar do grupo.
H� ind�cios de organiza��o criminosa porque os peemedebistas investigados tinham poder sobre os demais membros do grupo e a capacidade de repartir o dinheiro obtido por meio de pr�ticas il�citas como corrup��o ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licita��o e evas�o de divisas.
Em dela��o premiada, o corretor L�cio Bolonha Funaro disse que Temer tinha diferentes operadores em �rg�os p�blicos, como a Caixa, o Minist�rio da Agricultura e a C�mara dos Deputados. Cabia a eles atender aos interesses de grandes empresas que, supostamente, aceitavam dar dinheiro ao chamado "quadrilh�o do PMDB". Funaro teria atuado para o partido entre 2004 e 2014.
Segundo o delator, Temer dividiu com o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) - ex-homem forte de seu governo, atualmente preso - propina da Odebrecht na campanha de 2014. Ele narra ter buscado R$ 1 milh�o em esp�cie, pago pela empreiteira, no escrit�rio do advogado e ex-deputado Jos� Yunes, amigo do presidente.
Com ag�ncias