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Estado de Minas

Mais da metade do �quadrilh�o� do PMDB j� est� presa


postado em 17/09/2017 07:37

S�o Paulo, 17 - Quatro dos sete acusados pelo procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot de integrarem o �quadrilh�o� do PMDB - supostamente liderado pelo presidente da Rep�blica - j� est�o atr�s das grades. S�o eles: os ex-presidentes da C�mara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (pela segunda vez) e o ex-assessor especial de Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, o �homem da mala da JBS�.

Houve um tempo em que os quatro desfrutaram de poder e prest�gio pol�tico em Bras�lia at� que, ao longo do �ltimo ano, foram tirados de circula��o pela PF no bojo de opera��es distintas, todas deflagradas para combater corrup��o e lavagem de dinheiro - Lava Jato, Manus, P�tmos e Tesouro Perdido.

Na den�ncia que levou ao Supremo Tribunal Federal na quinta-feira, 14, contra Temer e seus aliados hist�ricos, Janot afirma que a lideran�a do �quadrilh�o� era exercida pelo presidente.

Tamb�m fazem parte do grupo, segundo a acusa��o, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica).

Todo o �quadrilh�o� foi denunciado por organiza��o criminosa na �ltima flechada de Janot, que encerra seu segundo mandato neste domingo, 17.

Eduardo Cunha foi o primeiro integrante do �quadrilh�o� a ser capturado. Em 19 de outubro de 2016, por ordem do juiz federal S�rgio Moro, o peemedebista foi preso na Asa Sul, em Bras�lia, e levado a Curitiba.

O ex-deputado j� foi condenado por crimes de corrup��o, de lavagem e de evas�o fraudulenta de divisas a 15 anos e 4 meses de pris�o na Lava Jato. O peemedebista foi sentenciado em a��o penal sobre propinas na compra do campo petrol�fero de Benin, na �frica, pela Petrobr�s, em 2011.

A pris�o de outros dois protagonistas do �quadrilh�o� ocorreu em um per�odo de tr�s dias, este ano.

Em 3 de junho, Rodrigo Rocha Loures, o �homem da mala da JBS�, foi capturado preventivamente por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo.

No dia 6, Henrique Alves foi levado pela Pol�cia Federal, aos gritos de �ladr�o� e �safado�, na Opera��o Manus por suspeita de corrup��o e lavagem de dinheiro envolvendo a constru��o da Arena das Dunas, em Natal.

Loures � o �homem da mala preta�. Em abril, a Pol�cia Federal filmou, em a��o controlada autorizada pela Corte, Loures saindo apressado do estacionamento de uma pizzaria em S�o Paulo. Na m�o direita, uma mala recheada com R$ 500 mil em propinas da JBS.

A pris�o de Loures foi substitu�da, em 30 de junho, por uso de tornozeleira eletr�nica e recolhimento domiciliar noturno (das 20 �s 6 horas) e tamb�m aos s�bados, domingos e feriados. O homem da mala e Michel Temer foram denunciados pela Procuradoria-Geral da Rep�blica por corrup��o passiva em 26 de junho. A acusa��o foi rejeitada pela C�mara dos Deputados em agosto.

Henrique Alves continua preso. O ex-deputado � acusado de receber propina por meio de doa��es eleitorais oficiais e n�o oficiais, entre 2012 e 2014, em troca de favorecimento a empresas de constru��o civil, como a OAS, Odebrecht e Carioca Engenharia.

O peemedebista foi ministro do Turismo do Governo Temer por pouco mais de um m�s. Em junho do ano passado, Henrique Alves deixou o cargo ap�s ser citado na dela��o premiada do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, que declarou ter repassado ao ex-deputado R$ 1,55 milh�o em propina entre 2008 e 2014. Henrique Alves tamb�m foi ministro do Turismo de Dilma.

O �ltimo peemedebista do �quadrilh�o� a ser preso foi Geddel Vieira Lima. O ex-ministro de Temer e Lula foi capturado duas vezes em dois meses por ordem juiz federal da 10� Vara, Vallisney de Oliveira.

Em 3 de julho, Geddel foi levado pela PF em car�ter preventivo por supostamente tentar atrapalhar as investiga��es da Opera��o Cui Bono?. A a��o investiga irregularidades cometidas na vice-presid�ncia de Pessoa Jur�dica da Caixa Econ�mica Federal, durante o per�odo em que foi comandada pelo aliado de Temer.

Geddel ficou preso pouco mais de 1 m�s. Por ordem do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1� Regi�o, em 13 de julho, o peemedebista foi mandado para casa. Sem tornozeleira eletr�nica, porque o equipamento n�o estava dispon�vel na Bahia.

A pris�o domiciliar de Geddel foi encerrada em 8 de setembro. Tr�s dias antes, a Pol�cia Federal havia encontrado a fortuna de R$ 51 milh�es em um apartamento no bairro da Gra�a, em Salvador. O dinheiro estava armazenado em caixas e malas dentro do bunker atribu�do a Geddel. Nas c�dulas, a PF identificou as digitais do peemedebista. Geddel est� agora no Complexo Penitenci�rio da Papuda, em Bras�lia.

O �quadrilh�o� do PMDB arrecadou R$ 587 milh�es em propina, segundo a den�ncia de Janot. Valores teriam sido arrecadados na Petrobr�s, em Furnas, na Caixa Econ�mica Federal, no Minist�rio da Integra��o Nacional, no Minist�rio da Agricultura, na Secretaria de Avia��o Civil e na C�mara dos Deputados.

�Os crimes praticados pela organiza��o geraram preju�zo tamb�m aos cofres p�blicos. Nesse sentido, em ac�rd�o lavrado pelo TCU, estimou-se que a atua��o cartelizada perante a Petrobr�s implicou preju�zos � estatal que podem ter chegado a R$ 29 bilh�es�, afirma o procurador-geral.

COM A PALAVRA, CEZAR BITENCOURT, QUE DEFENDE RODRIGO ROCHA LOURES

�Rodrigo Rocha Loures n�o participou de nenhum acordo de pagamento ou recebimento de propinas atribu�do ao PMDB da C�mara.Rodrigo era apenas um assessor pessoal do Presidente e n�o tinha nenhuma interven��o em atividades financeiras, ao contr�rio da recente den�ncia contra o PMDB da C�mara. A defesa repudia veemente mais uma den�ncia leviana de Rodrigo Janot!!!�

COM A PALAVRA, DANIEL GERBER, QUE DEFENDE ELISEU PADILHA

Sobre a den�ncia por organiza��o criminosa feita pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal, contra o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o advogado Daniel Gerber que defende o ministro afirma: �Entendo como equivocada o oferecimento de uma den�ncia com base em dela��es que est�o sob suspeita, mas iremos demonstrar nos autos a inexist�ncia da hip�tese acusat�ria�.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO DELIO LINS E SILVA J�NIOR, QUE DEFENDE EDUARDO CUNHA

Sobre a nova den�ncia oferecida pela PGR, a defesa de Eduardo Cunha tem a dizer que provar� no processo o absurdo das acusa��es postas, as quais se sustentam basicamente nas palavras de um reincidente em dela��es que, diferentemente dele, se prop�s a falar tudo o que o Minist�rio P�blico queria ouvir para fechar o acordo de colabora��o.

COM A PALAVRA, MICHEL TEMER

O procurador-geral da Rep�blica continua sua marcha irrespons�vel para encobrir suas pr�prias falhas. Ignora deliberadamente as graves suspeitas que fragilizam as dela��es sobre as quais se baseou para formular a segunda den�ncia contra o presidente da Rep�blica, Michel Temer. Finge n�o ver os problemas de falta de credibilidade de testemunhas, a aus�ncia de nexo entre as narrativas e as incoer�ncias produzidas pela pr�pria investiga��o, apressada e a�odada. Ao fazer esse movimento, tenta criar fatos para encobrir a necessidade urgente de investiga��o sobre pessoas que integraram sua equipe e em rela��o �s quais h� ind�cios consistentes de terem direcionado dela��es e, portanto, as investiga��es. Ao n�o cumprir com obriga��es m�nimas de cuidado e zelo em seu trabalho, por incompet�ncia ou inc�ria, coloca em risco o instituto da dela��o premiada. Ao aceitar depoimentos falsos e mentirosos, instituiu a dela��o fraudada. Nela, o crime compensa. Embustes, ardis e falcatruas passaram a ser a regra para que se roube a tranquilidade institucional do pa�s. A segunda den�ncia � recheada de absurdos. Fala de pagamentos em contas no exterior ao presidente sem demonstrar a exist�ncia de conta do presidente em outro pa�s. Transforma contribui��o l�cita de campanha em il�cita, mistura fatos e confunde para tentar ganhar ares de verdade. � realismo fant�stico em estado puro. O presidente tem certeza de que, ao final de todo esse processo, prevalecer� a verdade e, n�o mais, vers�es, fantasias e ila��es. O governo poder� ent�o se dedicar ainda mais a enfrentar os problemas reais do Brasil.

Secretaria Especial de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica.

(Julia Affonso e Luiz Vassallo)


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