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Estado de Minas

Joesley contratou empresa de delegado que atuou no caso Marcela Temer

Chiarelli tamb�m conduziu o inqu�rito que investigou a morte de um executivo da Friboi


postado em 20/09/2017 10:19 / atualizado em 20/09/2017 11:31

O empres�rio Joesley Batista, preso a pedido da Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR), depois ser acusado de quebrar seu o acordo de dela��o premiada, contratou empresa de "seguran�a e investiga��es" de um delegado da Pol�cia Civil de S�o Paulo que investigou em 2008 o assassinato de um diretor da JBS - e que foi destacado em 2016 para atuar no caso da pris�o do hacker que clonou o celular da primeira-dama, Marcela Temer.

Rodolpho Chiarelli, que � do Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), � s�cio da SCR Consultoria de Seguran�a e Investiga��es, que foi contratada pelo grupo J&F, dos irm�os Joesley e Wesley Batista.

O Pol�cia Federal (PF) investiga o elo da empresa com a contrata��o de dois policiais civis de S�o Paulo que faziam a seguran�a particular de Joesley, quando ele prestou depoimento a investigadores da Opera��o Bullish, em 16 de junho, e na confec��o de dossi�s e investiga��es para a dela��o premiada dos irm�os Batista - que ser� revista no Supremo Tribunal Federal (STF). O dois policiais foram interrogados e a JBS j� entregou informa��es sobre a contrata��o dos seguran�as.

Em maio de 2016, Chiarelli participou da pris�o de Silvonei Jos� de Jesus Souza, condenado por extorquir a primeira-dama. Na �poca, Temer era vice-presidente e o secret�rio de Seguran�a P�blica de S�o Paulo era Alexandre de Moraes, que foi nomeado ministro da Justi�a e agora � ministro do STF.

A Secretaria de Seguran�a P�blica (SSP) de S�o Paulo confirmou que a SCR tem Chiarelli como s�cio e "possui rela��o comercial na �rea de assessoria/consultoria em seguran�a empresarial com a J&F."

Grampo


O nome "Rodolfo" foi citado em conversa interceptada pela Pol�cia Federal na Opera��o Patmos, desdobramento da dela��o dos executivos da JBS, deflagrada em 18 de maio, pela PGR, que teve como alvos principais o presidente Michel Temer e o senador A�cio Neves (PSDB-MG). A PF n�o confirmou ainda se a cita��o � referente ao delegado.

No di�logo, o diretor de Rela��es Institucionais da JBS Ricardo Saud conversa com um interlocutor de nome Rodolfo sobre um relat�rio a ser produzido sobre o coronel Jo�o Baptista Lima Filho, o amigo de Temer suspeito de ter recebido propinas do grupo em nome do presidente.

A PF registrou, em documento sobre as intercepta��es, que Saud vinha viajado constantemente para tratar de assuntos sobre o acordo de dela��o e citou a conversa de 20 de abril de 2017 com "Rodolfo". Fala-se de "um relat�rio" mencionando o nome "Yunes" - outro amigo de Temer - e "solicita que Rodolfo informe que confirmou que no endere�o funciona um escrit�rio ligado �quela pessoa." A pessoa seria o coronel Lima Filho, mostra a transcri��o da conversa anexada pela PF.

Saud afirma que vai a Nova York levar o documento. "E p�e s� confirmando que nesse endere�o mora... � o escrit�rio de fulano de tal, p�e tudo aquilo, amigo do cara tal. Eu quero mostrar que voc� foi l� para mim e confirmar que l� era o coronel tal, tal, tal."

Orienta��o de Joesley


O delegado Rodolpho Chiarelli foi questionado pela reportagem sobre a conversa gravada pela PF, mas n�o quis comentar o caso.

A Secretaria de Seguran�a de S�o Paulo informou, sobre o questionamento relacionado ao grampo, que o delegado explicou que a contrata��o de sua empresa se deu por "um pedido de orienta��o do empres�rio" Joesley Batista.

Nem a secretaria, nem Chiarelli confirmam ou negam que o "Rodolfo" citado � o delegado. Sobre o tema da conversa, a produ��o de relat�rio, a secretaria disse que o delegado explicou que "n�o produziu nenhum relat�rio ou investiga��o".

Assassinato


Chiarelli conduziu o inqu�rito que investigou a morte de Humberto Campos de Magalh�es, de 43 anos, ent�o diretor executivo da Friboi, que pertence � JBS. O corpo foi encontrado em 4 de dezembro de 2008 em um ponto de t�xi, em frente ao pr�dio onde morava, na Vila Leopoldina, ma zona oeste de S�o Paulo, a 500 metros do local onde foi baleado.

As investiga��es presididas pelo delegado apontaram a ex-esposa Giselma Magalh�es como respons�vel pelo crime. Ela foi condenada a 22 anos e seis meses de pris�o.

A Secretaria de Seguran�a P�blica de S�o Paulo informou o inqu�rito foi distribu�do "dentro das normas internas do departamento" e que o delegado negou ter recebido da empresa para atuar no caso.

O grupo J&F por meio de nota informou que "n�o vai comentar o tema espec�fico." "Os colaboradores j� apresentaram informa��es e documentos referentes aos atos praticados por eles e continuam � disposi��o para cooperar com a Justi�a", diz nota divulgada pela empresa.


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