S�o Paulo - A conven��o nacional do Solidariedade foi marcada por troca de afagos entre o anfitri�o Paulinho da For�a, que foi reconduzido � presid�ncia do partido no evento, e os tr�s convidados pela sigla: o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM) e os tucanos Geraldo Alckmin, governador de S�o Paulo, e Jo�o Doria, prefeito da capital paulista.
No t�rmino do evento, o parlamentar adiantou que o partido vai dialogar com todas as for�as na pr�xima elei��o. "Nosso partido, que tem for�a no meio sindical e no meio empresarial, vai conversar com for�as politicas, mas queremos que quest�es dos aposentados, dos trabalhadores e do povo sejam observadas".
Os convidados tiveram oportunidade de retribuir as gentilezas quando assumiram o microfone para discursar no audit�rio do Pal�cio do Trabalhador, que costuma receber eventos sindicais. Os tr�s participaram rapidamente em momentos diferentes da conven��o e, ao menos publicamente, n�o se cruzaram no local.
"Contem conosco, queremos ter um di�logo permanente com o Solidariedade para acertar mais e avan�ar mais. O momento � dif�cil, mas a esperan�a � a palavra", afirmou Alckmin, primeiro dos convidados a falar.
J� Maia disse ter encontrado muitos amigos do Solidariedade e, a despeito das diferen�as em alguns temas, considerou o partido um aliado em algumas agendas na C�mara. "O pa�s passa por um momento dif�cil na economia e na pol�tica, mas nos d� muita esperan�a quando vemos um partido novo, com tanta vida como o Solidariedade."
Doria, que discursou j� perto do encerramento da conven��o, agradeceu n�o apenas a Paulinho, mas tamb�m ao deputado Major Ol�mpio (SD-SP), que foi um de seus advers�rios na campanha vitoriosa na elei��o municipal do ano passado. "Tivemos uma campanha muito elevada pela prefeitura de S�o Paulo", afirmou o tucano, ao ressaltar que Ol�mpio foi sempre cordial e o tratou com muita dignidade durante a disputa.
"O Brasil precisa gerar empregos e retomar o crescimento. Para isso, todos precisam ser solid�rios com o Brasil", afirmou o prefeito paulistano. "Se retomarmos crescimento, milh�es de brasileiros que est�o na rua podem voltar a ter esperan�a em 2018. Lutar pelo povo n�o � lutar pelo populismo", acrescentou.
O evento do Solidariedade n�o foi, por�m, s� de gentilezas. Deputados da sigla e sindicalistas atacaram em seus discursos as reformas da Previd�ncia e trabalhista, Esta segunda, segundo muitos deles, foi constru�da sem di�logo adequado com os trabalhadores e destr�i sindicatos.
Numa das manifesta��es mais contundentes, Kelps Lima, deputado estadual do partido no Rio Grande do Norte, defendeu o afastamento definitivo da base de apoio ao governo federal. "N�o vamos mudar o Brasil de bra�os cruzados com o presidente Michel Temer. N�o ser� a turma liderada por Michel Temer que vai fazer essa transforma��o", disparou Lima, ap�s dizer que a reforma trabalhista � "atrasada" e considerar que a reforma da Previd�ncia pune trabalhadores.
O governador Geraldo Alckmin tamb�m teve que se encontrar novamente com Ol�mpio, com quem teve, no �ltimo s�bado, um bate-boca durante protesto feito pelo parlamentar em defesa de reajustes nos sal�rios de policiais. Dessa vez, o major reformado da Pol�cia Militar chegou a bloquear o carro de Alckmin quando o governador deixava o local.
Houve tamb�m quem protestou contra a presen�a de Jo�o Doria, lembrando de quando o prefeito chamou de vagabundos, pregui�osos e pelegos trabalhadores que aderiram � greve geral realizada no fim de abril. "Doria, chama sindicalista de vagabundo agora", gritou um dos presentes.