A pris�o do ex-ministro Geddel Vieira Lima abriu uma brecha para a aproxima��o entre o PMDB, do presidente Michel Temer, e o ministro tucano Ant�nio Imbassahy (BA), da Secretaria de Governo. Criticado por integrantes da base governista e at� xingado, Imbassahy est� sendo visto como uma possibilidade do partido para concorrer ao Senado em 2018. O ministro avalia trocar de legenda, j� que n�o tem garantia de disputar a vaga pelo PSDB.
"Imbassahy come�ou a voltar os olhos para o PMDB. Ele pensa que com Michel e (o senador Romero) Juc� (presidente nacional do PMDB) consegue vencer a resist�ncia de L�cio (Vieira Lima)", disse o deputado Benito Gama, presidente do PTB na Bahia e um dos que convidaram o ministro. "Ele n�o avan�aria nisso sem anu�ncia do Michel."
Geddel presidia o diret�rio estadual e secretariava o diret�rio nacional, mas pediu afastamento por 60 dias ap�s a Pol�cia Federal apreender R$ 51 milh�es em apartamento em Salvador. Nos ma�os de dinheiro, segundo a PF, havia digitais do ex-ministro. Seu irm�o, o deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA), desconversa sobre a possibilidade de filia��o do ministro. "N�o estou � frente desse assunto. N�o gostaria de emitir opini�o e ser desautorizado."
O deputado estadual Pedro Tavares assumiu o PMDB-BA e pretende se reunir nesta semana em Bras�lia com Imbassahy. O ministro tamb�m deve conversar com o prefeito Herzem Gusm�o, de Vit�ria da Conquista, cidade mais importante governada pelo partido no Estado. O prefeito, entretanto, tem dito que n�o h� "nenhuma garantia" para o ministro de ter a vaga caso v� para o PMDB.
Imbassahy n�o nega a possibilidade de deixar o PSDB, mas sustenta que n�o fez nenhum movimento nesse sentido: "N�o tem por que sair agora".
Os planos do ministro de se candidatar ao Senado pelo PSDB esbarram, por�m, no deputado Jutahy Junior (BA), que n�o abre m�o de ser o indicado na chapa costurada pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), pr�-candidato ao governo baiano. Antes, Geddel era o nome do PMDB ao Senado.
Aliado
Discreto, Imbassahy faz parte c�rculo �ntimo de Temer. Ganhou o presidente pela lealdade ao afrontar o PSDB e o presidente interino, senador Tasso Jereissati (CE), no epis�dio do programa de TV que criticava indiretamente o governo.
Para barrar a den�ncia contra Temer por corrup��o passiva, negociou emendas no plen�rio da C�mara. Virou, no entanto, malquisto na pr�pria bancada, que o critica por n�o ouvir demandas do partido. A leitura entre os tucanos � a de que Imbassahy deixou de ser um homem do PSDB no governo para ser o governo dentro do PSDB.