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Estado de Minas

Defesa de Lula diz que procurou recibos 'nos pertences de dona Marisa'


postado em 28/09/2017 20:07 / atualizado em 28/09/2017 21:29

(foto: Reprodução/Facebook)
(foto: Reprodu��o/Facebook)

S�o Paulo - Em v�deo gravado e publicado em rede social, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, relatou que houve procura, "nos pertences de Dona Marisa", dos recibos de aluguel do apartamento 121, do edif�cio Hill House, em S�o Bernardo do Campo (SP). A defesa afirma "acreditar" que os comprovantes "expressam a verdade dos fatos, pois Dona Marisa sempre foi uma mulher �ntegra e honesta".

"Foram realizadas dilig�ncias por familiares e colaboradores do ex-presidente Lula nos pertences de Dona Marisa, que sempre foi a locadora do im�vel. Os recibos foram encontrados e da mesma forma que chegaram at� n�s, foram apresentados no processo. Acreditamos que esses recibos expressam a verdade dos fatos, pois Dona Marisa sempre foi uma mulher �ntegra e honesta. Os recibos est�o assinados pelo propriet�rio do im�vel e d�o quita��o dos alugueis at� dezembro de 2015, gerando a presun��o legal de que os alugueis foram devidamente pagos", afirmou.

Os comprovantes apresentados pela defesa de Lula referem-se ao per�odo de agosto de 2011 a novembro de 2015. Duas notas t�m datas que n�o existem no calend�rio: 31 de junho e 31 de novembro.

"Pequenos erros em dois dos 26 recibos apresentados n�o retiram a for�a probat�ria dos documentos at� porque s�o justific�veis. No recibo de agosto de 2014, por exemplo, � feito refer�ncia � data de 31 de junho de 2014 quando claramente buscou-se fazer refer�ncia � data de 31 de julho de 2014. Basta verificar que existe outro recibo com refer�ncia ao pagamento do aluguel de junho de 2014", afirmou o advogado.

"De qualquer forma, se houve qualquer d�vida ou questionamentos sobre esses recibos, que seja feita uma per�cia, avaliando de quem � a assinatura, de quando os documentos foram feito, dentre outras coisas."

A defesa do engenheiro Glaucos da Costamarques, dono do im�vel, afirma que os recibos relativos a 2015 foram assinados no mesmo dia, no Hospital S�rio-Liban�s, em novembro daquele ano. Segundo a defesa de Glaucos, os comprovantes foram assinados de uma s� vez pelo engenheiro durante o per�odo em que ele estava internado no Hospital. Os recibos, afirma, foram levados pelo contador Jo�o Muniz Leite, a pedido do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula. A defesa de Glaucos avalia pedir ao S�rio-Liban�s os registros de entrada de Roberto Teixeira.

O apartamento 121, ocupado por Lula, � um dos alicerces da segunda den�ncia do Minist�rio P�blico Federal, do Paran�, contra o petista. O im�vel teria sido adquirido pela empreiteira Odebrecht, por meio de Glaucos - suposto laranja do ex-presidente no neg�cio -, como forma de propina a Lula, r�u por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro.

A Opera��o Lava Jato afirma que n�o houve pagamento de aluguel entre fevereiro de 2011 e novembro de 2015.

Na ter�a-feira, 26, Glaucos reafirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que � "verdadeiro" o depoimento que prestou ao juiz federal S�rgio Moro em 6 de setembro. Naquele dia, o engenheiro afirmou em interrogat�rio perante o juiz federal S�rgio Moro que n�o recebeu alugu�is pelo apartamento 121, mas que declarou � Receita que houve pagamento.

"N�o recebi", disse taxativamente.

A Moro, o engenheiro afirmou que passou a receber o aluguel em 2015. "O Roberto Teixeira esteve l� no hospital me falando: 'olha, n�s vamos pagar. De hoje em diante, n�s vamos pagar o aluguel pra voc�'. Come�aram a pagar. Come�aram a pagar com um dep�sito na conta que eu passei, dep�sito no Santander. Mas n�o identificado. Eu acho que eles depositavam naqueles envelopes e aquele envelope tem um limite pra dep�sito. Acho que eles faziam em tr�s. Ent�o, aparecia l�, era, vamos supor, tr�s mil, vamos por, n�o lembro quanto era o aluguel naquela �poca, tr�s mil e trezentos, vamos supor. Eles punham um envelope de dois, um de mil e outro de oitocentos", narrou.

O juiz da Lava Jato questionou, no interrogat�rio, se Roberto Teixeira deu alguma explica��o para come�ar a pagar.

"Eu n�o me recordo. Mas eu lembro que o Jos� Carlos (Bumlai, pecuarista amigo de Lula) foi preso. Eu entrei no dia 22 de novembro no hospital. Dia 23 ele foi preso. Eu lembro da data por causa do hospital. E ele esteve l� no hospital no fim do m�s de novembro", contou.

Defesas

A reportagem procurou o contador Jo�o Muniz Leite e a defesa de Roberto Teixeira, mas ainda n�o obteve retorno.

O advogado Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, declarou. "A responsabilidade sobre os documentos, e sobre a veracidade do que eles atestam, � da pessoa que os assinou. N�o h� questionamento sobre as assinaturas. A tentativa de transformar os recibos no foco principal da a��o � uma clara demonstra��o de que nem o Minist�rio P�blico nem o ju�zo encontraram qualquer materialidade para sustentar as descabidas acusa��es formuladas contra Lula em rela��o aos contratos da Petrobras."

(Julia Affonso e Ricardo Brandt)


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