Bras�lia, 03 - Depois de uma crise de diverticulite, o senador Romero Juc� (PMDB-RR), l�der do governo no Senado, usou seu discurso na tribuna nesta ter�a-feira, 3, para defender que o plen�rio reverta decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou do mandato o senador A�cio Neves (PSDB-MG) e determinou seu recolhimento domiciliar noturno.
O senador deixou registrado um voto simb�lico contra a decis�o do Supremo e disse que iria viajar para S�o Paulo para continuar seu tratamento, j� que estava "h� dois dias acamado". "Essa Casa tem obriga��o de passar a limpo. Espero que essa Casa se d� ao respeito."
Juc� disse que o Supremo n�o pode buscar "jeitinho" ao julgar a a��o direta de inconstitucionalidade sobre medidas cautelares contra parlamentares, agendada para ir ao pleno da corte no dia 11 de outubro. O l�der do governo afirmou que h� um movimento para "anestesiar" os senadores, mas que n�o se pode agir com "covardia" nem "leni�ncia" no caso.
O l�der do governo tamb�m aproveitou para fustigar o ex-procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, que pediu a abertura de inqu�rito contra ele, o ex-presidente Jos� Sarney, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado por forma��o de quadrilha.
Juc� disse que o procurador buscava um terceiro mandato no cargo, almejava "virar presidente da Rep�blica" e que tinha como alvos o PSDB e o PMDB. Ele pregou que o Senado investigue as a��es de Janot.
"Essa Casa tem a obriga��o de passar a limpo. Era um golpe, tentando acabar a classe pol�tica, os partidos, o governo, numa loucura, num sonho ensandecido: ter o terceiro mandato de procurador e ser presidente da Rep�blica. Esse era o projeto (de Janot). Rid�culo quando a gente fala assim. Tanto estrago fez em tantas pessoas", afirmou o senador.
"Eu queria estancar a sangria mesmo. Era a sangria da Dilma", disse em refer�ncia � frase interpretada pelos investigadores como uma afronta � continuidade da Opera��o Lava Jato. "O Rodrigo Janot teve que engolir a sangria, teve que engolir as opini�es, as agress�es, os absurdos, e teve que botar aquela assinatura canalha num pedido de arquivamento da a��o contra n�s."
Juc� reclamou que no ano passado ele, o ex-presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-presidente da Rep�blica Jos� Sarney foram alvos de "achincalhe" e que ningu�m saiu em defesa deles. Disse que os julgadores votam atualmente orientados pela "turba eletr�nica".
Apoiaram a manifesta��o os senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos alvos da Lava Jato e tamb�m a favor da vota��o nesta ter�a. Collor acusou os ex-procuradores-gerais Rodrigo Janot e Roberto Gurgel, respectivamente, de "calhorda" e "chantagista".
(Felipe Fraz�o e Thiago Faria)
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Juc� cobra da tribuna rea��o do Senado contra STF no caso A�cio
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