
Bras�lia - A colabora��o premiada do doleiro L�cio Funaro traz detalhes do suposto esquema de pagamento de propinas ao Partido Progressista (PP), com recursos desviados da Caixa Econ�mica Federal. Em depoimento ao Minist�rio P�blico, Funaro acusou o atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi, de desviar recursos para o partido.
Na �poca, ainda no governo de Dilma Rousseff, Occhi ocupava a vice-presid�ncia de Governo do banco estatal. Funaro afirmou no depoimento, conforme reportagem do Jornal Nacional, que foi informado por um empres�rio que Occhi teria uma meta de repasse de propina para cumprir. "Sabia at� que tinha uma meta do Gilberto Occhi, de produzir um valor x por m�s", disse Funaro, em um dos v�deos do depoimento prestado ao Minist�rio P�blico. Ele n�o soube detalhar valores.
"Qualquer verba da Caixa para sair, tudo quanto � verba do governo, tinha que passar pela diretoria dele. Tinha que passar na vice-presid�ncia dele", disse Funaro, em rela��o � atua��o de Occhi. "E ele tinha uma meta, que n�o sei de quanto era. Meta de propina", refor�ou.
Em resposta ao telejornal, Occhi afirmou que nunca pediu nada a ningu�m e que sua carreira sempre foi pautada pelo respeito � �tica e � lei.
J� a Caixa informou que est� em contato permanente com as autoridades, prestando irrestrita colabora��o com as investiga��es. A reportagem n�o obteve resposta do PP.
Funaro afirmou ainda que o presidente da Rep�blica, Michel Temer, dividiu com Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) propina da Odebrecht. Em nota, o advogado do presidente, Eduardo Pizarro Carnel�s, chamou ontem Funaro de "desqualificado delator", declarou que as acusa��es s�o "vazias" e baseadas no que ele diz ter ouvido do ex-deputado Eduardo Cunha.
Impeachment
O corretor financeiro afirmou ao Minist�rio P�blico Federal, em acordo de dela��o premiada, que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) lhe pediu dinheiro para "comprar" parlamentares a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A defesa de Cunha desmentiu o conte�do da dela��o.