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Estado de Minas

Sucesso da Lava-Jato depende da sociedade, dizem Moro e Dallagnol


postado em 23/10/2017 09:31 / atualizado em 23/10/2017 09:47

A caminho do quinto ano de Lava-Jato, n�o se pode afirmar que o quadro de impunidade nos crimes de corrup��o no Brasil permanece inalterado. � o que acreditam duas figuras emblem�ticas das investiga��es que abalaram o mundo pol�tico brasileiro, o juiz federal S�rgio Moro e o procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol.

Para eles, o sucesso da opera��o depender� de como ser� a rea��o da sociedade daqui para frente. Moro e Dallagnol estar�o no F�rum Estad�o M�os Limpas e Lava-Jato para falar sobre as investiga��es de combate � corrup��o, da It�lia e do Brasil, junto com os magistrados Piercamillo Davigo e Gherardo Colombo, que trabalharam na for�a-tarefa de procuradores de Mil�o criada 25 anos atr�s.

O evento � uma associa��o entre o Estado e o Centro de Debate de Pol�ticas P�blicas (CDPP) e vai ocorrer nesta ter�a-feira, 24. O painel, reservado para convidados, ser� mediado pela jornalista Eliane Cantanh�de, colunista do Estado, e pela economista Maria Cristina Pinotti, do CDPP. Ter� ainda a participa��o do diretor de Jornalismo do jornal O Estado de S. Paulo, Jo�o Caminoto, e do economista Affonso Celso Pastore, do CDPP.

"Apesar da permanente sombra do retrocesso, n�o se pode afirmar que n�o houve mudan�as no quadro de impunidade para esses crimes", diz Moro, ao p�r Lava-Jato e mensal�o como partes de um ciclo de combate � impunidade de "poderosos".

Coordenador da for�a-tarefa em Curitiba, que iniciou a Lava-Jato em 2014, Dallagnol entende que a "virtude" das duas opera��es "foi um amplo diagn�stico da podrid�o do sistema pol�tico". "Contudo, a virtude da Lava-Jato � tamb�m sua maldi��o, pois o sistema pol�tico concentra o maior poder da Rep�blica, no Congresso, e sua rea��o pode enterrar as investiga��es, como na It�lia."

Para juiz e procurador, � a sociedade que vai ditar se a opera��o brasileira vai se aproximar da M�os Limpas em seu final - na It�lia, houve alto �ndice de impunidade, ap�s a rea��o pol�tica e o desinteresse popular.

"Se houver uma cont�nua press�o da opini�o p�blica, imagina-se que at� nossas lideran�as pol�ticas emperradas ter�o que adotar uma postura reformista", diz Moro.

"O Congresso pode colocar toda a opera��o abaixo numa madrugada. Basta a aprova��o de um projeto de anistia. Por isso, os resultados da Lava-Jato dependem primordialmente de como a sociedade vai reagir", afirma o procurador.


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