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Estado de Minas

Em BH, Janot diz que solu��o para crise no Brasil � pol�tica

O ex-procurador da Rep�blica afirmou que a corrup��o amea�a a democracia


postado em 23/10/2017 14:18 / atualizado em 23/10/2017 14:30

O procurador Rodrigo Janot falou sobre combate à corrupção(foto: Jair Amaral)
O procurador Rodrigo Janot falou sobre combate � corrup��o (foto: Jair Amaral)

O ex-procurador da Rep�blica, Rodrigo Janot, afirmou nesta segunda-feira que a solu��o para a crise no Brasil deve ocorrer atrav�s da pol�tica. A declara��o foi durante uma palestra para universit�rios em Belo Horizonte, na qual ele defendeu a Opera��o Lava-Jato e falou sobre combate � corrup��o. “A solu��o para o Brasil hoje, para a crise pol�tica que o Brasil vive, s� pode acontecer atrav�s da pol�tica. N�o h� outra solu��o poss�vel”, afirmou.

Janot disse que a corrup��o permite a captura de estruturas do estado e impede o aperfei�oamento do processo pol�tico. “Isso amea�a diretamente um valor muito caro para n�s, que � exatamente a democracia, e assegura cada vez mais, a partir do momento q voc� embara�a a democracia, privil�gios � oligarquia dominante”, afirmou.

O ex-procurador-geral fez um discurso mais t�cnico, mas n�o deixou de apresentar os n�meros da Lava-Jato e defender a dela��o premiada, ao falar para alunos do Ibmec. Segundo o ex-procurador, as organiza��es criminosas s�o muito fechadas e marcadas pela lei do sil�ncio. “Atrav�s desse instrumento, a gente consegue penetrar nessa estrutura hermeticamente fechada e obter a ideia, o desenho da organiza��o, como � que se d� a lavagem de dinheiro, onde ser� poss�vel encontrar os valores desviados”, afirmou.

Depois de denunciar o presidente Michel Temer (PMDB) por duas vezes, al�m de ministros e outros pol�ticos envolvidos na Lava-Jato, Rodrigo Janot se tornou alvo da classe, que desqualifica as dela��es e chega a acusar a PGR de forjar provas. Na palestra, Janot fez quest�o de destacar que foram feitos 120 acordos de colabora��o premiada, “que nos permitiram mergulhar nessas estruturas de organiza��es criminosas”.

O ex-procurador falou dos efeitos da corrup��o, que, segundo ele, cria obst�culos ao desenvolvimento social e � distribui��o de renda, aumenta ou impede a redu��o da desigualdade social. “Um estudo do Fundo Monet�rio Internacional diz que se melhorar o combate � corrup��o na Am�rica Latina, em m�dio prazo, a renda per capita dos habitantes desse bloco aumentaria em torno de US$ 3 mil”, disse.

Segundo Janot, a corrup��o tamb�m gera atraso tecnol�gico ao pa�s, pois o mais importante passa a ser a negocia��o de propina. H� ainda uma perda da efic�cia econ�mica, pela aus�ncia de uma competi��o real. O procurador citou n�meros de um estudo da Federa��o das Ind�strias de S�o Paulo (Fiesp) para projetar o valor do preju�zo gerado para a corrup��o. De acordo com Janot, o Brasil teria perdido de 2% a 3% do PIB em 2016, ou R$ 100 bilh�es. “O valor do d�ficit or�ament�rio, de R$ 157 bilh�es ou R$ 158 bilh�es est� pr�ximo do valor estimado da corrup��o”, afirmou.

Janot citou frase do Papa Francisco para dizer que a corrup��o � podre e fede. Na palestra, que mais pareceu uma aula, ele diferenciou a corrup��o end�mica da sist�mica. Como exemplo da primeira, citou o caso em que um membro do Minist�rio P�blico de outro pa�s, em Bras�lia, prop�s pedir um recibo pelo almo�o de todos os procuradores presentes em um encontro para ser reembolsado.

Janot pregou a “cidadania ativa” como forma de ajudar a combater a corrup��o, que, segundo ele, viola os direitos fundamentais de todos os cidad�os.

Cotado para disputar as elei��es de 2018 como senador ou governador, Janot n�o quis dar entrevistas e saiu pelos fundos para evitar a imprensa.


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