S�o Paulo, 24 - O juiz federal Sergio Moro, respons�vel pela Opera��o Lava Jato na primeira inst�ncia, afirmou que n�o se resolve corrup��o apenas com processos judiciais, e � preciso ter reformas. "Temos passado de impunidade", disse o juiz durante o F�rum Estad�o Opera��o M�os Limpas & Lava Jato.
Moro ressaltou que uma das diferen�as importantes entre o Brasil e It�lia � que aqui foi feito "largo uso" da colabora��o premiada. "Temos esse instituto mais claro na legisla��o brasileira. N�o deixa de ter suas pol�micas mas, se bem utilizado, serve como recurso para revelar esses crimes."
O juiz ressaltou que os n�meros da Opera��o M�os Limpas s�o mais expressivos, com mais de 800 pris�es e 3 mil investigados. A Lava Jato � mais "modesta", mas foram presos pessoas mais "ilustres". Ele citou, ressaltando que n�o � muito bom em estat�sticas e que nunca conta as fases da Lava Jato, que s� no primeiro ano foram 33 julgados em Curitiba e que quatro ex-diretores da Petrobras est�o cumprindo pena, al�m de dirigentes de empreiteiras.
Moro ressaltou que na Petrobras houve um loteamento de cargos, descoberto pela Lava Jato, mas n�o se v� movimento para se alterar esquemas de corrup��o no Pa�s e nem "clamor por reformas". "Precisamos de reformas mais abrangentes, n�o apenas de processos judiciais."
O juiz participa do F�rum Estad�o Opera��o M�os Limpas & Lava Jato, uma associa��o entre o jornal
O Estado de S. Paulo
e o Centro de Debate de Pol�ticas P�blicas (CDPP). O painel, reservado para convidados, ser� mediado pela jornalista Eliane Cantanh�de, colunista do Estado, e pela economista Maria Cristina Pinotti, do CDPP. Ter� ainda a participa��o do diretor de Jornalismo do Estado, Jo�o Caminoto, e do economista Affonso Celso Pastore, do CDPP.
(Altamiro Silva Junior e Thais Barcellos)