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Estado de Minas

Bancada mineira recebe R$ 51 mi antes da vota��o de den�ncia contra Temer

Deputados mineiros s�o contemplados com a quarta maior libera��o de emendas parlamentares neste m�s. Hoje, plen�rio da C�mara deve rejeitar a nova den�ncia da PGR contra Michel Temer


postado em 25/10/2017 06:00 / atualizado em 25/10/2017 07:13

Com o plenário vazio, a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) leu a o parecer pela rejeição da denúncia da Procuradoria-Geral da República (foto: Lula Marques/AGPT)
Com o plen�rio vazio, a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) leu a o parecer pela rejei��o da den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica (foto: Lula Marques/AGPT)

A C�mara decide hoje se Michel Temer deve ser afastado da Presid�ncia da Rep�blica e julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por obstru��o de Justi�a e organiza��o criminosa. Os parlamentares votar�o sobre o parecer do deputado Bonif�cio de Andrada (PSDB-MG), aprovado na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), que pediu o arquivamento da den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica. Nas �ltimas semanas, Temer e sua equipe pol�tica intensificaram o corpo a corpo com os deputados para negociar cargos e liberar emendas parlamentares. Neste m�s j� foram liberados R$ 687 milh�es por meio de emendas, sendo que R$ 50,9 milh�es foram para atender deputados mineiros, que formam a quarta bancada que mais conseguiu liberar recursos antes da vota��o,

O parecer do relator Bonif�cio de Andrada, que pede o arquivamento da den�ncia, foi lido no plen�rio ontem pela segunda secret�ria da Casa, Mariana Carvalho (PSDB-RO). Para que o peemedebista seja julgado pelo STF s�o necess�rios 342 votos dos 513 deputados. Parlamentares da base aliada e da oposi��o avaliam que o Planalto tem votos suficientes para evitar o afastamento do presidente. Membros do governo trabalham para conseguir um n�mero pr�ximo dos 263 votos favor�veis ao governo na aprecia��o da primeira den�ncia – quando Temer foi acusado pela adoria-geral da PGR por corrup��o passiva. No entanto, o Planalto teme que o apoio seja menor desta vez, porque cerca de 40 deputados aliados t�m demonstrado insatisfa��o e cobrado mais benesses do Planalto.

Na �ltima sexta-feira, o governo liberou de uma s� vez R$ 122,4 milh�es em emendas para parlamentares e no s�bado outros R$ 53,2 milh�es. O Planalto j� empenhou quase todo o montante destinado �s emendas para 2017. A t�tica de atender demandas para as bases eleitorais dos parlamentares funcionou meses que antecederam a vota��o da primeira den�ncia, quando foram liberados R$ 4,2 bi em junho e julho.

A menos de um ano para as elei��es de 2018, garantir verbas por meio de emendas � fundamental para deputados em busca de apoio de prefeitos e lideran�as locais. De acordo com lei aprovada em 2015, as emendas s�o impositivas, ou seja, o governo tem obriga��o de liberar os recursos para atender deputados e senadores. Na pr�tica, por�m, o governo � respons�vel pelo cronograma das libera��es e pode priorizar determinadas emendas e atrasar o pagamento de outras.

A bancada mineira – segunda maior na C�mara e a mais fiel ao presidente Temer durante a vota��o da primeira den�ncia – foi a quarta que mais conseguiu liberar recursos para emendas parlamentares �s v�speras da vota��o, com R$ 50,9 milh�es empenhados, de acordo com o Sistema de Administra��o Financeira do Governo Federal (Siafi).

Os parlamentares de Minas, como mostrou reportagem do EM no domingo, foram os campe�es em votos para Temer na primeira den�ncia e no parecer aprovado na CCJ. Apesar de o peemedebista n�o ter atendido � demanda da bancada mineira para impedir o leil�o das usinas da Cemig, n�o ter participado de nenhuma agenda no estado desde que tomou posse e de nenhum mineiro fazer parte do primeiro escal�o do governo, os mineiros devem se manter fi�is na vota��o de hoje.

“A bancada deve repetir o n�mero de votos que foram dados a favor de Temer na primeira vota��o. N�o houve qualquer discurso de mudan�a que possa alterar o quadro”, avaliou o deputado F�bio Ramalho (PMDB), coordenador da bancada mineira na C�mara e vice-presidente da Casa. Segundo ele, a bancada cobrou o descontingenciamento de verbas para a obra de duplica��o da BR-381 e foi atendida pelo presidente.

Para atender a bancada ruralista, com mais de 200 deputados, o governo abdicou de receber outros R$ 2,8 bilh�es com anistias de quase metade das multas ambientais por meio de decreto publicado nesta semana. A desist�ncia de privatizar o aeroporto de Congonhas (leil�o estimado em R$ 6 bi) foi outra benesse concedida a um grupo de parlamentares que indicam cargos na Infraero.


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