"O presidente est� no apartamento, muito bem, com quadro est�vel e ter� alta na segunda-feira", disse Kalil.
Segundo o especialista, n�o haver� divulga��o de boletim m�dico sobre o estado de sa�de de Temer neste s�bado, pois tudo j� foi explicado na entrevista coletiva. No domingo, disse Kalil, ser� divulgado um boletim de rotina e, na segunda-feira, vir� a confirma��o sobre o hor�rio que o presidente da Rep�blica deixar� o hospital.
A expectativa � que Temer permane�a em repouso na capital paulista at� ter�a-feira, 31, e retorne a Bras�lia na quarta-feira, 1º de novembro, apto a retomar os trabalhos no Pal�cio do Planalto.
O urologista Miguel Srougi, que tamb�m esteve presente na coletiva e faz parte da equipe que cuida do presidente, explicou que, na quarta-feira passada, Temer sentiu um desconforto, teve um sangramento e n�o conseguia expelir a urina. Inicialmente, n�o se sabia se a obstru��o era causada por problemas na bexiga ou crescimento na pr�stata.
No mesmo dia, no qual a C�mara votava a segunda den�ncia da PGR contra o presidente, ele foi internado em Bras�lia. Permaneceu por cerca de sete horas no Hospital Militar, onde passou por um procedimento para colocar uma sonda.
Benigno
"Temer s� veio para S�o Paulo pela proximidade com os m�dicos desta institui��o", esclareceu Srougi. Segundo ele, constatou-se que a reten��o urin�ria era causada por crescimento da pr�stata, patologia que j� havia acometido o presidente no passado e comum a pelo menos 90% dos homens. "Foi feita uma bi�psia para constatar que n�o haveria c�ncer e o resultado foi benigno", enfatizou o urologista.
Em seguida, foi realizada uma raspagem com "desobstru��o uretal atrav�s de ressec��o da pr�stata". A cirurgia vai permitir que ele volte a urinar normalmente e a possibilidade de que o quadro se repita � remota. "Agora o problema est� resolvido", acrescentou.
O presidente passou a noite em uma unidade de terapia semi-intensiva e, segundo Srougi, deixar� de usar sonda no domingo.
Procedimento cardiovascular
Havia a expectativa de que tamb�m fosse realizado um procedimento cardiovascular, um cateterismo, durante este per�odo em que Temer encontra-se internado em S�o Paulo. No entanto, Kalil, cardiologista do presidente, afirmou que a realiza��o desta cirurgia arterial exigiria que alguns medicamentos fossem consumidos, os quais Temer n�o poder� tomar devido ao problema na pr�stata.
"Vamos resolver a pr�stata e depois a parte card�aca. Ele est� est�vel do ponto de vista cardiovascular. N�o h� nada definido sobre a realiza��o deste novo procedimento", explicou o m�dico.
(Nayara Figueiredo)