S�o Paulo, 28 - A Associa��o dos Advogados de S�o Paulo (AASP) declarou que a refrega protagonizada pelos ministros Lu�s Roberto Barroso e Gilmar Mendes na sess�o plen�ria do Supremo Tribunal Federal, quinta-feira, 26, 'presta enorme desservi�o � Na��o'.
"Magistrados devem exercer a sagrada miss�o de julgar despidos de vaidades e interesses pessoais", assinala a AASP, em nota p�blica. "O s�mbolo desse desapego � a toga. Deles se espera, em qualquer inst�ncia, produtividade, efici�ncia, objetividade e, seria bom n�o ter de diz�-lo, urbanidade e decoro."
Na nota p�blica, a AASP n�o cita nomes, mas a refer�ncia � a Barroso e a Gilmar. "Em face de recentes acontecimentos que envolveram ministros do Supremo Tribunal Federal, vem a p�blico externar sua preocupa��o e, uma vez mais, conclamar a todos que desempenhem seus of�cios com serenidade e equil�brio."
Na sess�o plen�ria de quinta-feira,26, Barroso e Gilmar trocaram graves acusa��es. Gilmar disse que Barroso foi o respons�vel pela soltura do ex-ministro Jos� Dirceu (Casa Civil/Governo Lula), no Mensal�o e que 'n�o defende bandidos internacionais'. "N�o transfira para mim essa parceria que Vossa Excel�ncia tem com a leni�ncia em rela��o � criminalidade do colarinho branco", provocou Barroso, pondo fogo no pret�rio.
"A �cida discuss�o entre dois ministros, transmitida ao vivo pela TV Justi�a a partir do Plen�rio da Corte, a par de n�o ser in�dita, presta enorme desservi�o � Na��o", diz a AASP em nota.
A entidade da Advocacia faz um alerta e d� um pux�o de orelha nos ministros. "Atitudes assim afetam a imagem e a respeitabilidade do Supremo Tribunal Federal; infundem perigosamente na popula��o brasileira, hoje t�o incr�dula nos demais poderes constitu�dos, o mesmo sentimento em rela��o � Justi�a".
Segundo AASP, essas 'atitudes contribuem pela relev�ncia do mau exemplo, para que se repitam nas demais inst�ncias do Poder Judici�rio, afetando n�o s� o relacionamento harm�nico que deve existir entre ju�zes, mas igualmente destes para com advogados e membros do Minist�rio P�blico'.
"Os tempos atuais e as graves dificuldades pelas quais passa o Pa�s, dentre elas a morosidade da Justi�a, exigem atua��o dedicada e comprometida de todos os operadores do Direito", pontua a nota.
(Julia Affonso e Luiz Vassallo)