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Estado de Minas

Reforma de Temer deve diminuir espa�o do PSDB


postado em 13/11/2017 08:07

Bras�lia, 13 - O presidente Michel Temer deve tirar a reforma ministerial do papel nas pr�ximas semanas. A informa��o � confirmada por fontes no Pal�cio do Planalto e por parlamentares do chamado Centr�o - o grupo pressiona para ganhar mais espa�o no governo. Temer j� comunicou alguns de seus interlocutores no Congresso sobre a inten��o de redesenhar a distribui��o de cargos de primeiro escal�o nos pr�ximos 15 dias. Com as mudan�as, o PSDB deve perder dois dos seus quatro minist�rios, enquanto PMDB e PP podem ganhar mais espa�o.

A antecipa��o da reforma foi revelada neste Domingo, 11, pela "Folha de S.Paulo". A reportagem do jornal

O Estado de S. Paulo

apurou que a ideia inicial do presidente � reduzir o tamanho do PSDB no governo pela metade. Dos quatro minist�rios que det�m atualmente - Governo, Cidades, Rela��es Exteriores e Direitos Humanos -, os tucanos continuariam com dois. Sob forte press�o do PTB e do PP, Temer deve tirar Bruno Ara�jo (PE) do Minist�rio das Cidades e Luislinda Valois (BA) dos Direitos Humanos.

Antonio Imbassahy (BA) tende a perder a Secretaria de Governo, mas, como se tornou uma figura pr�xima do presidente, pode ser deslocado para outra pasta. O tucano � alvo de cr�ticas de parlamentares e est� desgastado na fun��o por n�o atender aos pleitos da base. J� Aloysio Nunes Ferreira (SP) deve continuar � frente do Itamaraty.

Segundo um integrante da base governista, o objetivo do Pal�cio do Planalto � tornar a composi��o do governo proporcionalmente mais justa aos votos obtidos pelos partidos em pleitos importantes. Nesse sentido, o PSDB � visto como uma legenda que entrega menos do que outros partidos aliados ao governo. Os tucanos ficaram divididos nas vota��es que avaliaram a admissibilidade das duas den�ncias penais contra Temer, por exemplo.

Com essa reestrutura��o dos cargos, Temer estaria preparando terreno para dirimir a insatisfa��o dos congressistas, visando a garantir apoio para uma poss�vel vota��o da reforma da Previd�ncia. "� uma decis�o dif�cil para o presidente em fun��o da lealdade de alguns tucanos. Mas essa decis�o, pelo andar da carruagem, � cada dia que passa mais inevit�vel", afirmou o vice-l�der do PMDB na C�mara, deputado Carlos Marun (MS).

"Todos os partidos que estiveram conosco nessas disputas devem ser aproveitados em conformidade com o grau de sua lealdade. O �ndice de lealdade hoje passa pelo PMDB, PP, PSC. Uns tiveram mais e outros tiveram menos. Os que tiveram maior porcentual de lealdade devem ser mais valorizados", afirmou o vice-l�der.

Desgosto

Se confirmar a promessa feita ao Centr�o, Temer corre o risco de deixar desgostosa a ala do PSDB que vota com o governo em um momento em que se articula a vota��o da reforma da Previd�ncia. Uma fonte ligada ao Centr�o lembra, no entanto, que o presidente n�o pode deixar de dar uma resposta ao PTB e PP, partidos que est�o "jogando duro" com ele.

H� governistas que acham que vale a pena se livrar de parte do PSDB mesmo com o risco de perder votos porque o Planalto poder� ser compensado com a fidelidade do PP e do PTB. Assim, a aposta no Centr�o � que o PP ficar� com Cidades e o PMDB retomar� o controle da Sa�de. A cobi�a do Centr�o em rela��o ao minist�rio comandado por Bruno Ara�jo se deve ao poder de investimento da pasta e ao seu potencial pol�tico.

Questionado pela reportagem, o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, disse que Temer "est� avaliando" a possibilidade de fazer uma reforma ministerial e "vai julgar o momento oportuno de tomar essas decis�es".

"O timing, � o presidente que tem comando sobre isso. Ele est� fazendo as avalia��es dele. � importante dizer que as decis�es da conven��o do PSDB s�o decis�es que dizem respeito ao PSDB. A composi��o do minist�rio e o tempo de fazer isso s�o atribui��es espec�ficas do presidente", afirmou o ministro.

Ele negou que a decis�o de tirar a reforma ministerial do papel esteja relacionada com o avan�o da discuss�o feita por tucanos para que o partido deixe a base aliada. "A conven��o � um problema do PSDB. A decis�o do presidente vai estar de acordo com os interesses do Pa�s e do governo. S�o coisas distintas", disse.

As novidades sobre uma poss�vel reforma ministerial v�m � tona um dia depois de o senador A�cio Neves (PSDB-MG), aliado de Michel Temer, dizer que est� chegando a hora de seu partido desembarcar da base aliada. "Vamos sair do governo pela porta da frente, da mesma forma que entramos", disse o mineiro ap�s criticar os "cabe�as pretas", ala que faz oposi��o ao Pal�cio do Planalto. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Renan Truffi, Lu Aiko Otta e Daiene Cardoso)


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