
A C�mara Municipal de Santa Luzia recebeu nesta ter�a-feira, 14 de novembro, com os votos de 14 dos 15 vereadores presentes em plen�rio, o pedido de impeachment protocolado na semana passada contra a prefeita afastada, Roseli Pimentel (PSB). Foi instaurada uma comiss�o especial processante e sorteados os vereadores Neilor Cabral (Pros), Silmario (PTN) e Andr� Leite (PSDB) para conduzirem a instru��o do processo.
A iniciativa do pedido de impeachment foi do advogado e professor universit�rio Abra�o Soares Gracco, com base no Decreto-Lei Nº 201, de 27 de Fevereiro de 1967. Roseli Pimentel � acusada de envolvimento com o assassinato do jornalista Maur�cio Campos Rosa, do jornal "O Grito”, e de ter usado recursos p�blicos para pagar o executor. Ela cumpre pris�o domiciliar. O seu vice, Fernando C�sar, tamb�m est� afastado da administra��o por processo eleitoral. Neste momento, assumiu a prefeitura municipal, que j� teve dois afastamentos e recondu��es da prefeita este ano, o presidente da C�mara Municipal, Sandro Coelho.
“O processo de impeachment est� agoraem fase de instru��o, na comiss�o especial processante. A cidade vive grande instabilidade”, considera o vereador C�sar Lara Diniz (PCdoB). Ser�o arroladas testemunhas, os processos criminal e eleitoral tamb�m fazem parte das acusa��es do processo de impeachment.
Pris�o
Roseli Pimentel foi presa em 7 de setembro, por suspeita de envolvimento com a morte do jornalista em agosto do ano passado. Ela estava presa no Complexo Penitenci�rio Feminino Estev�o Pinto, em Belo Horizonte. A prefeita afastada � acusada de ter pago R$ 20 mil pela execu��o do assassinato e para isso, teria desviado recursos destinados � merenda escolar, simulando uma nota fiscal para a aquisi��o de tr�s toneladas de mam�o.
Roseli teve o mandato cassado cinco vezes este ano por processo eleitoral. Mas retornou ao cargo por causa de liminares. Ela e o vice-prefeito, Fernando Rezende, s�o acusados de capta��o ou gasto il�cito de recursos financeiros na campanha eleitoral.
Roseli j� havia sido condenada em primeira inst�ncia por abuso de poder pol�tico e eco�mico: ela foi considerada culpada de ter determinado, por meio de mensagens enviadas por celular, que diretores de escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as elei��es.
Segundo a ju�za eleitoral Arlete Aparecida da Silva Coura, Roseli teria se aproveitado de sua influ�ncia pol�tica e dos recursos municipais para favorecer a sua candidatura. A prefeita � acusada de ter determinado, por meio de mensagens enviadas por celular, que diretores de escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as elei��es.