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Estado de Minas

A��o atinge 20 anos de poder do PMDB-RJ


postado em 15/11/2017 10:19

Rio, 15 - A ofensiva do Minist�rio P�blico Federal e da Pol�cia Federal contra o esquema de corrup��o que envolveria a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro implodiu o que restava do PMDB no Estado e elevou ainda mais a incerteza que cercar� a elei��o estadual de 2018. O presidente da Assembleia, Jorge Picciani, ao lado do ex-governador S�rgio Cabral e do deputado cassado Eduardo Cunha, comandou a pol�tica fluminense nos �ltimos 20 anos. Do trio, apenas Picciani ainda n�o foi alvo de pris�o, apesar de j� haver um pedido feito pelo Minist�rio P�blico Federal.

A condu��o coercitiva imposta a Picciani pelo desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2.� Regi�o (TRF-2), tem potencial para encerrar um ciclo de poder iniciado no Rio h� duas d�cadas, per�odo em que um grupo de pol�ticos ligados � c�pula do Legislativo estadual influiu fortemente nos governos estaduais e, depois, ascendeu ao comando do Executivo local.

A Opera��o Cadeia Velha, ao atingir a Alerj, recua o tempo pol�tico fluminense at� 1995, quando foi montado o trip� que comandaria o Pal�cio Tiradentes pelos 22 anos seguintes. O grupo era formado por Cabral na presid�ncia da Alerj, Picciani na 1.� Secretaria e o deputado Paulo Melo na lideran�a, primeiro do PSDB, depois do PMDB. Esses tr�s pol�ticos, ao longo de mais de duas d�cadas, influ�ram nos governos Marcello Alencar (1995-1998), Anthony Garotinho (1999-2002), Benedita da Silva (abril a dezembro de 2002) e Rosinha Garotinho (2003-2006).

A partir de 2007, assumiram diretamente o Pal�cio Guanabara, com Cabral � frente, e, no embalo do projeto ol�mpico, conquistaram a prefeitura da capital em 2008 e 2012, com Eduardo Paes (PMDB).

O PMDB do Rio j� se preparava para enfrentar no ano que vem um cen�rio de dificuldades ap�s comandar o Estado por quatro governos seguidos. Os motivos v�o da pris�o de Cunha, um forte arrecadador e financiador de campanhas locais, � fal�ncia do Estado justamente nas m�os do PMDB, al�m das consequ�ncias do esc�ndalo de corrup��o envolvendo o governo S�rgio Cabral, que j� foi condenado tr�s vezes - duas por senten�as proferidas pelo juiz Marcelo Bretas e uma pelo juiz S�rgio Moro.

Cen�rio.

A situa��o se agrava agora com a migra��o do foco da opera��o no Rio em dire��o ao presidente da Assembleia e do PMDB fluminense, Jorge Picciani. O deputado era o �ltimo cacique do partido no Estado que ainda n�o havia sido alvo das investiga��es, apesar de j� ter sido citado em mais de uma dela��o na Lava Jato.

A legenda tamb�m planejava duas candidaturas poss�veis para continuar mais quatro anos no comando do Estado. O mais cotado era o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes, que depois de um ano morando nos Estados Unidos, come�ou a organizar seu retorno � pol�tica fluminense. A outra op��o, sonho antigo do presidente da Alerj, era ter um Picciani sentando na cadeira mais importante do Pal�cio Guanabara. Picciani n�o escondia o desejo de ver um dos seus �filhos pol�ticos�, Rafael ou Leonardo, disputando o governo.

Os danos ao partido devem aumentar com a divulga��o da dela��o premiada do marqueteiro Renato Pereira (mais informa��es nesta p�gina). A avalia��o � de que os relatos do publicit�rio t�m potencial para atingir ainda mais o PMDB do Rio.

O vazio deixado pela legenda poder� abrir espa�o a novos atores pol�ticos fluminenses e abalar de vez a era dos caciques do Pal�cio Tiradentes. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo

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(Wilson Tosta)


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