MPF pede restabelecimento da pris�o de Jacob Barata Filho

Rio, 16 - O Minist�rio P�blico Federal (MPF) ajuizou pedido de restabelecimento da pris�o preventiva do empres�rio Jacob Barata Filho na manh� desta quinta-feira, 16. De acordo com os procuradores, o "Rei do �nibus" do Rio teria descumprido uma das medidas cautelares estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por ter continuado a trabalhar em suas empresas.

Barata Filho ficou preso de julho a agosto, mas havia deixado a cadeia por for�a de habeas corpus concedido pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que determinou recolhimento domiciliar noturno e afastamento do empres�rio do trabalho. A decis�o liminar foi ratificada em julgamento da Segunda Turma do STF, em outubro.

Na �ltima ter�a-feira, 14, ele foi preso novamente pela Pol�cia Federal na Opera��o Cadeia Velha, que investiga um esquema de corrup��o na Assembleia Legislativa do Rio. A defesa estaria encaminhando novo pedido de habeas corpus, sob o argumento de que as acusa��es n�o se alteraram no per�odo.

Os procuradores disseram ter encontrado diversos documentos que indicam que Barata Filho n�o teria se desligado de suas empresas e continuava sendo seu administrador. Foram encontrados, por exemplo, bilhetes nos quais ele autorizava pagamentos de empresas e balan�os que foram encaminhados para an�lise do empres�rio.

Em julho, ele foi um dos principais alvos da Opera��o Ponto Final, desdobramento da Lava Jato que desmontou suposto esquema de corrup��o no setor de transportes do Rio.

A decis�o de soltura do STF foi contestada pelo ex-procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot, que alegou o impedimento de Gilmar Mendes no processo. Ele argumentou que a esposa do ministro trabalha em um escrit�rio que defende interesses dos investigados. Al�m disso, apontou que o ministro foi padrinho do casamento da filha do empres�rio Jacob Barata Filho com um sobrinho da esposa do magistrado.

A assessoria de Barata Filho afirmou n�o ter sido ainda informada do novo pedido do MPF e disse que vai coment�-lo assim que receber informa��es a respeito.

(Constan�a Rezende)