(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Para aliados, Temer poder� sair candidato � reelei��o em 2018

Aposta de interlocutores � de que o presidente vai virar o ano em um outro patamar na corrida eleitoral


postado em 19/11/2017 06:00 / atualizado em 19/11/2017 07:27

(foto: Marcos Correa/PR)
(foto: Marcos Correa/PR)

Algo impens�vel hoje, diante da aprova��o de apenas 3% perante a opini�o p�blica, o presidente Michel Temer e seus estrategistas pol�ticos trabalham para que o peemedebista n�o seja um mero figurante na corrida presidencial de 2018. Todas as apostas s�o de que a economia seguir� em um ritmo de crescimento constante – as previs�es s�o de que o pa�s vai avan�ar pr�ximo de 1% este ano e algo em torno de 3% no ano que vem. A equipe econ�mica espera baixar para um d�gito a taxa de desemprego no pa�s, hoje situada em 12,4%, com 13 milh�es de pessoas sem trabalho. A infla��o est� abaixo dos 3% e os juros em queda. “O Natal ser� o melhor dos �ltimos anos e o pr�ximo ano vai refor�ar essa percep��o”, acredita um aliado pr�ximo de Temer.

Por tudo isso, aliados do presidente apostam que o peemedebista vira o ano e entrar� na corrida eleitoral em um outro patamar. “Se formos analisar com clareza, a aprova��o pessoal do presidente � de 3%, mas a avalia��o positiva do governo est� um pouco maior. As pessoas come�am a perceber as diferen�as e a tend�ncia � de que, l� na frente, consigamos associar a imagem do presidente aos �xitos da economia”, disse um interlocutor palaciano.

Esse mesmo aliado, contudo, � cuidadoso e freia os �mpetos de alguns mais entusiasmados, que acham, inclusive, ser poss�vel que o pr�prio Temer venha a concorrer � reelei��o. Antes da dela��o da JBS, ministros do c�rculo pr�ximo do presidente, como o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o titular da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Moreira Franco, defendiam que o presidente buscasse conquistar nas urnas o cargo que lhe havia sido dado pelo Congresso ap�s o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“Esse cen�rio, hoje, � pouco prov�vel. A imagem do presidente ainda est� muito desgastada ap�s as duas den�ncias que tivemos de reverter no Congresso. Elas est�o muito vivas no imagin�rio do eleitorado e da popula��o”, reconheceu um estrategista palaciano. “Pode ser que, ao longo de 2018, isso se dilua. Mas n�o h� como prever ainda”, completou.

Avalia��o Para especialistas, uma presen�a marcante de Temer nas elei��es ainda � algo ut�pico. “O Brasil n�o tem tradi��o de os presidentes elegerem seus sucessores”, lembrou o professor de hist�ria contempor�nea da Universidade de Bras�lia (UnB) Ant�nio Jos� Barbosa. Ele declarou que Juscelino Kubitschek, Jos� Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique n�o conseguiram eleger aliados para suced�-los. “A �nica exce��o foi a experi�ncia lulo-petista”, pontuou ele.

O professor em�rito de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Jo�o Saboia lembra tamb�m o processo de distanciamento do PSDB, que tende a ter candidato pr�prio, como um dos elementos que poderiam enfraquecer um voo pr�prio do PMDB e at� mesmo do presidente Temer. “� bem verdade que dizem que, quando um presidente concorre � reelei��o, ele naturalmente leva consigo uma �ndice de inten��o de votos de 15%, em m�dia. Mas tudo, neste momento, n�o passa de especula��o”, declarou Saboia.

Temer, no momento, est� mais preocupado com duas coisas que poder�o impactar o cen�rio eleitoral do ano que vem. A aprova��o da reforma da Previd�ncia, com a possibilidade de uma economia de R$ 400 bilh�es em 10 anos, e o redesenho dos espa�os das legendas atuais na Esplanada. Esta �ltima vai e v�m a uma velocidade impressionante. No in�cio da semana, com o pedido de demiss�o feito pelo tucano Bruno Ara�jo, titular do Minist�rio das Cidades, a expectativa era de que Temer antecipasse o desembarque dos 17 ministros — Bruno seria o 18º — que v�o concorrer �s elei��es do ano que vem.

A semana, com um feriado encravado no meio, chegou ao fim com a quase certeza de que as mudan�as ser�o pontuais, restritas �s quatro pastas do PSDB: al�m de Cidades, o partido comanda Direitos Humanos, Rela��es Exteriores e Secretaria de Governo. “Precisamos ter em mente que o que importa, no fundo, � a reforma da Previd�ncia. Como o PSDB vai se comportar ap�s 9 de dezembro (dia da Conven��o)? O PSD, que teve deser��es na segunda den�ncia contra o presidente, vai se reagrupar em torno do ministro Gilberto Kassab e votar� conosco na reforma da Previd�ncia?”, questionou um assessor palaciano.

Os aliados ainda est�o � espera de um posicionamento. “Eu nunca disse que o governo deveria fazer uma reforma ministerial. O que eu sempre defendi � que o Planalto realinhasse a base. Foram eles que falaram em mudan�as de ministros, eles que apresentem as propostas”, afirmou o l�der do PP na C�mara, Arthur Lira (AL).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)