S�o Paulo, 10/11/2017, 19 - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem mantido uma agenda discreta de viagens pelo Brasil, mas � hoje o pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica que mais avan�ou nas articula��es com outros partidos para montar seu palanque. Fiel ao seu estilo de �jogar parado�, o tucano j� construiu pontes com pelo menos sete legendas: PV, PTB, PSB, PPS, PHS, PP e DEM.
Enquanto Alckmin se aproxima de seus aliados de S�o Paulo no plano nacional, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva v� at� o parceiro hist�rico PCdoB lan�ar uma candidatura pr�pria, enquanto Ciro Gomes (PDT) rejeita uma alian�a. J� Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC) est�o isolados em suas respectivas legendas.
Um passo importante foi dado por Alckmin no dia 11, durante um churrasco em Cap�o Bonito, no interior de S�o Paulo, na fazenda do deputado federal Guilherme Mussi, presidente do diret�rio paulista do PP. Mussi comemorou o anivers�rio com uma grande festa que possibilitou mais um encontro entre o governador e o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI).
Os dois j� haviam conversado pessoalmente em agosto, quando Mussi promoveu um jantar em Bras�lia para o governador estreitar suas rela��es com a bancada federal da sigla no Congresso - hoje uma das mais fortes do bloco partid�rio informal classificado como Centr�o.
Nas duas �ltimas elei��es, o PP (futuro Progressistas), esteve em lado oposto ao do PSDB, no palanque petista. De meados do ano para c�, o tucano intensificou a aproxima��o a partir de reuni�es fora da agenda com lideran�as locais e nacionais.
Vice
Ap�s a conversa no dia 11, da qual fizeram parte outros l�deres do PSDB, dirigentes do PP passaram a ventilar a hip�tese da senadora Ana Am�lia (PP-RS) se candidatar como vice de Alckmin no ano que vem.
O nome da senadora ganhou for�a como uma boa op��o especialmente se Lula for candidato em parceria com Manuela d��vila (PCdoB-RS) - possibilidade levantada por petistas. �Sou um entusiasta de uma eventual chapa Geraldo Alckmin e Ana Am�lia, que eu acho poss�vel, mas a decis�o n�o � minha�, disse Mussi.
Ao Estado, Ana Am�lia diz desconhecer qualquer costura nesse sentido, mas afirmou que se sente honrada em ter sido lembrada para desafio t�o �extraordin�rio�.
Aliados de Alckmin avaliam que oferecer a vaga de vice a uma mulher � estrat�gia acertada, mas a escolhida n�o necessariamente deve sair da regi�o Sul. Para boa parte dos apoiadores do governador, a chapa deve ser formada com uma representante do Nordeste, onde o eleitorado do tucano ainda � muito discreto e Lula, caso candidato, tem ampla vantagem.
Nesse cen�rio, o nome que surge � o de Renata Campos, vi�va do ex-governador Eduardo Campos. Em um esfor�o para se manter pr�ximo do PSB, que tem demonstrado boa vontade como projeto presidencial de Alckmin, o governador paulista embarca hoje para Recife, onde deve se encontrar com Renata e outras lideran�as pessebistas.
No PSB, o principal entusiasta da candidatura de Alckmin � o vice-governador M�rcio Fran�a, secret�rio-geral da sigla. A legenda, por�m, tamb�m sinalizou interesse em lan�ar o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.
Na busca por assegurar de antem�o apoio de aliados hist�ricos de sua gest�o estadual, Alckmin tamb�m mant�m conversas com o PPS de Roberto Freire.
Na semana passada, Freire, em entrevista ao Estado, disse que � preciso discutir uma candidatura �nica das for�as que fizeram oposi��o �aos governos lulo-petistas�. Segundo o deputado, Alckmin pode ser um dos nomes para representar essa unidade. Mas o PPS n�o descarta encampar eventual candidatura do apresentador e empres�rio Luciano Huck, optando pelo �novo�.
O PV, presidido por Jos� Luiz Penna, secret�rio de Meio Ambiente de Alckmin, e o PHS tamb�m orbitam na �rea de influ�ncia do governador. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Pedro Venceslau e Adriana Ferraz)