
"�ramos contra reforma trabalhista, e ela aconteceu, �ramos contra a Previd�ncia, e se n�o tomarmos cuidado, vai acontecer", disse o petista, ao discursar no Congresso do PCdoB. Lula afirmou que o governo Michel Temer � "fraco" e, por isso, se submete "aos interesses do mercado". "Nenhum presidente fraco � respeitado." "Os congressistas que est�o votando pelo desmonte n�o t�m compromisso conosco. Nunca vi tanto deputado reacion�rio, tanto troglodita, e se n�o tomarmos cuidado vai piorar na pr�xima elei��o", disse.
Ele declarou que � preciso evitar a aprova��o da reforma da Previd�ncia, que "est� acontecendo concomitantemente com o desmonte da Petrobras". "N�o tenho mais idade de ficar criando movimento 'fora Temer' e ele estar dentro, de ficar gritando n�o vai ter golpe e ter golpe. Vamos ter que parar de gritar e evitar que isso aconte�a mesmo. Isso n�o pode continuar acontecendo debaixo da nossa barba." Segundo ele, est�o querendo desmontar a Petrobras porque "eles n�o s�o pol�ticos, s�o usurpadores." E continuou: "Eles n�o t�m compromisso com o povo brasileiro, querem fazer o desmonte, destruir o BNDES, a Eletrobras, a Caixa, desmontar a cidadania."
No discurso, Lula disse que, se n�o fosse pela sua teimosia e a do PT, n�o teria chegado � Presid�ncia da Rep�blica. E que provou que era poss�vel a esquerda transformar este Pa�s, citando melhorias em sal�rio, educa��o e na pr�pria inser��o do Brasil no exterior. "Deixamos de falar 'fino' com os Estados Unidos." "Tiramos o Pa�s do mapa da fome." E lamentou que o sonho que a gest�o petista sonhou "infelizmente est� sendo aos poucos desmontado". "Estava tudo preparado para o Brasil se tornar a 5ª economia do mundo."
Esquerda unida
Lula fez um discurso pela unifica��o da esquerda no Pa�s e de incentivo � candidatura da deputada estadual ga�cha Manuela D'�vila � presid�ncia da Rep�blica, durante congresso do PCdoB realizado neste domingo. Ele chegou ao evento por volta do meio-dia, acompanhado da presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e sentou ao lado da pr�-candidata e do governador Fl�vio Dino (MA), ambos do PCdoB. Ele destacou que a candidatura de Manuela n�o deixa "rusgas" na rela��o do PT com o PCdoB.
"Manuela, mesmo quando a gente faz uma campanha que a gente n�o ganha, se a gente fizer uma campanha ideologicamente bem feita, bem organizada, e a milit�ncia for para a rua, quero dizer que vale a pena ser candidato. Da minha parte, a �nica coisa que v�o estranhar daqui para frente � um belo dia eu aparecer em algum dos com�cios da Manuela."
Ele disse que apoia que outros partidos tamb�m lancem candidatos, mas rejeitou a tese de que Geraldo Alckmin (PSDB) seria um candidato de centro. "N�o podem dizer que Lula � de extrema esquerda, que Jair Bolsonaro � de extrema direita, e que � preciso achar o caminho do meio. Quem convive com Bolsonaro sabe quem ele �, que � mais do que extrema direita, mas ele tamb�m tem direito de ser candidato."
Lula disse ainda que somente partidos com legado ter�o chance de vencer a pr�xima elei��o presidencial, e lembrou que PT e PCdoB constru�ram um forte legado nos �ltimos 30 anos, desde a campanha presidencial de 1989, citando conquistas do seu governo. "Por isso temos que governar o Pa�s sem querer ser governante, a gente tem que ouvir o povo, o povo sabe, n�s s� temos que ter coragem de perguntar." Ele defendeu ainda a regula��o dos meios de comunica��o e distribui��o de riquezas. "Quero meios de comunica��o onde todos possam se manifestar."