Bras�lia, 22 - Apontado como articulador da reforma ministerial que o presidente da Rep�blica, Michel Temer, promove nesta semana, o presidente da C�mara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou que tenha influenciado a indica��o do vice-l�der do governo, Carlos Marun (PMDB-MS), para a Secretaria de Governo. A pasta � respons�vel pela interlocu��o do Pal�cio do Planalto com o Congresso, nomea��o de cargos comissionados indicados por parlamentares e controle das emendas or�ament�rias.
"N�o recebi nenhuma informa��o de que o deputado Marun teria sido escolhido ministro da Secretaria de Governo. No caso da articula��o pol�tica, n�o participei da escolha do nome. Acho Marun um �timo nome, mas n�o tenho informa��o se foi convidado ou n�o. O presidente, quando escolhe, certamente tem convic��o de que vai ajudar na articula��o, como o deputado Imbassahy tem ajudado bastante", disse Maia.
Marun foi convidado mais cedo para o cargo atualmente ocupado pelo deputado Ant�nio Imbassahy (PSDB-BA). Auxiliares de Temer come�aram os preparativos para que a posse dele ocorresse nesta quarta-feira, em conjunto com a do novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy (sem partido-GO). Depois, no entanto, a Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica informou que o Imbassahy continua � frente da pasta por enquanto.
Maia tamb�m disse que o PSDB tem uma agenda reformista e vai votar as mat�rias fundamentais com o governo. Mais cedo, o partido decidiu que n�o fechar� quest�o a favor da reforma da Previd�ncia, uma das bandeiras que sempre defendeu, durante reuni�o da executiva nacional. A dire��o tucana indicou que o novo texto da reforma, a ser apresentado nesta noite pelo relator Arthur Maia (PPS-BA), � um recuo do que foi originalmente proposto, e, por isso, vai apenas recomendar apoio.
"Infelizmente a gente est� vendo que o PSDB est� dividido, uma parte querendo sair do governo j� em dezembro, mas tenho certeza que v�o continuar colaborando. O partido tem uma agenda reformista", disse Maia. "A transfer�ncia de renda invertida no Brasil, em que os que ganham mais s�o financiados pelos que ganham menos, tem que acabar e � o ponto principal da reforma da Previd�ncia."
Apesar disso, o presidente da C�mara n�o deu como certa a aprova��o da reforma, que, segundo ele, deve garantir a economia de R$ 500 bilh�es: "A gente n�o sabe se vamos ter votos".
O presidente da C�mara afirmou que o projeto que restringe o foro privilegiado, aprovado na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a, vai "reorganizar uma demanda da sociedade e garantir o equil�brio na rela��o entre os poderes". "Essa quest�o da impunidade � um problema hoje muito menor do que foi no passado", afirmou.
Maia desconversou ao ser questionado sobre a pris�o hoje dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, ambos do PR e l�deres de um cl� pol�tico do qual foi parceiro eleitoral no Rio. "Est� tomada a decis�o. Vamos aguardar para ver o que de fato aconteceu. O cen�rio (pol�tico) do Rio j� est� muito modificado", disse.
(Felipe Fraz�o)