S�o Paulo, 27 - O deputado Jair Bolsonaro, que j� se declara pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica, confirmou nesta segunda-feira, 27, que vai se filiar em mar�o ao PEN, partido que poder� lan�ar sua candidatura. "Tenho acordo com Adilson Barroso presidente da sigla para ir ao PEN em mar�o do ano que vem", disse o parlamentar em participa��o no f�rum realizado pela Veja.
Apesar disso, o deputado disse ser o �nico "pr�-candidato" a n�o ter hoje partido apoiando sua candidatura, nem bancada e, em entrevista dada logo ap�s a participa��o do prefeito Jo�o Doria no evento, citou que tampouco conta com uma prefeitura. "Estamos sozinhos. Sou mais que o primo pobre, sou o primo paup�rrimo nessa hist�ria."
O deputado falou no evento sobre planos para economia, �rea que disse ter sido massacrado ao reconhecer que n�o entendia, e, ao tratar de como pretende resolver problemas de seguran�a p�blica, tema que mais gosta de discorrer, mas que � de compet�ncia dos Estados, defendeu uma revis�o do C�digo Penal. Isso porque avalia que os policiais n�o t�m hoje direito sequer � legitima defesa.
"Temos que mexer no C�digo Penal e acabar com a figura do excesso. Dar dois tiros ou 15 no marginal para mim � a mesma coisa", afirmou Bolsonaro, recebendo aplausos da plateia que assistiu � entrevista dada ao jornalista Augusto Nunes.
Num momento em que criticou den�ncias do Minist�rio P�blico sobre excessos em opera��es policiais de reintegra��o de posse, desafiou os promotores a estarem na linha de frente nesse tipo de a��o. "Policial que n�o mata n�o � policial."
O deputado, ao elencar as diferen�as a outros candidatos, disse que fala a verdade, tem Deus no cora��o e, embora diga n�o ver como virtude, garantiu ser honesto. "Fui o �nico da base aliada na �poca que n�o foi comprado pelo PT".
Tamb�m defendeu que os militares fiquem fora da reforma da Previd�ncia. "� uma classe � parte em qualquer pa�s. Trabalhamos 80 horas por semana e somos lembrados nos momentos mais dif�ceis" declarou. Se vencer as elei��es, disse, o minist�rio da Defesa ser� conduzido por um general quatro estrelas. "O atual ministro da Defesa Raul Jungmann � defensor do desarmamento.
Precisamos de t�cnicos nos minist�rios", criticou.
O deputado ressaltou que � preciso acabar com incorpora��o salariais que, segundo ele, permitem a cria��o de maraj�s.
A respeito da corrup��o, manifestou estar pensando em votar contra o foro privilegiado por gerar processos de at� 30 anos. "Isso � um engodo". Tamb�m declarou que, se depender dele, pris�es seriam mantidas at� decis�o judicial em segunda inst�ncia.
Questionado sobre projetos apresentados, o parlamentar respondeu que s�o mais de 500, por�m o mais importante � o que cria o voto impresso para eliminar o risco de fraude eleitoral. Sobre isso, disse esperar que o ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fa�a a lei valer nas pr�ximas elei��es.
Economia
Bolsonaro revelou que est� "namorando" com o economista Paulo Guedes para ser seu nome para ministro da Fazenda, caso seja eleito.
O parlamentar disse que teve duas conversas, num total de oito horas, com Guedes. "� pessoa que a gente espera continuar namorando, quem sabe ficar noivo", disse o deputado, acrescentando que se aproximou do economista por ele ser cr�tico de planos econ�micos anteriores e por n�o ter participado de governos petistas.
Bolsonaro disse que questionou nesses encontros com o especialista se seria poss�vel adotar uma pol�tica que mantivesse o trip� econ�mico, arrecadasse mais com menos impostos e equacionasse a "quest�o" dos servidores. "Perguntei se � poss�vel, ele disse que � poss�vel", afirmou.
O jornalista Augusto Nunes, que entrevista o parlamentar, destacou que parece que o casamento tem hora marcada, no que Bolsonaro disse esperar que sim, mas deixou claro que ser� um "casamento hetero". A resposta provocou alguns aplausos na plateia que acompanha o evento.
(Eduardo Laguna e Francisco Carlos de Assis)