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Estado de Minas

Sem Luciano Huck, nomes conhecidos na pol�tica retornam com for�a

Com a confirma��o do apresentador Luciano Huck em ficar de fora da corrida pelo Planalto, caciques partid�rios voltam �s estrat�gias para os pol�ticos conhecidos, j� testados nas urnas. Nas campanhas para os governos estaduais e o Congresso, outsiders n�o aparecem


postado em 28/11/2017 08:36

uciano Huck:
uciano Huck: "Tenho hoje uma convic��o ainda mais v�vida e forte de que serei muito mais �til e potente para ajudar meu pa�s e nosso povo" (foto: Marcelo Chello/CB/D.A Press)

A decis�o tomada pelo apresentador de TV Luciano Huck de n�o concorrer � presid�ncia da Rep�blica faz com que a b�ssola pol�tica nacional volte a apontar para candidaturas de nomes mais tradicionais, j� testados eleitoralmente e, que n�o representam a renova��o no cen�rio p�blico.

Al�m dos atuais l�deres nas pesquisas eleitorais, colocados em polos extremos da disputa — Luiz In�cio Lula da Silva e Jair Bolsonaro —, abre-se uma brecha para uma candidatura de centro, que, no momento, poderia ser representada pelo governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

A situa��o repete-se nas expectativas de renova��o do Congresso, que n�o deve fugir muito do percentual verificado em anos anteriores, na casa dos 45%.

No caso dos governos estaduais, a expectativa de mudan�as � ainda menor, � exce��o do Rio, um estado que se encontra em situa��o conflagrada com todos os governadores eleitos desde 1998, todos os presidentes da Assembleia Legislativa Estadual (Alerj) e cinco dos seis desembargadores do Tribunal de Contas Estadual presos.

L�, o Partido Novo lan�ou o nome do ex-t�cnico da sele��o brasileira Bernardinho ao governo estadual. Este j� adiantou que poder� ter o ex-secret�rio de seguran�a p�blica Jos� Mariano Beltrame como vice.

Alckmin ganhou f�lego ap�s a pacifica��o do PSDB (leia mais na p�gina 3). J� Meirelles avisou, durante evento em S�o Paulo, que tem at� mar�o para decidir se concorrer� ou n�o � presid�ncia da Rep�blica. Pesquisas mostravam que Huck tinha uma aprova��o de 60% — na pr�tica, uma avalia��o positiva, o que n�o significa inten��o de voto.

Nessa segunda-feira (27), o apresentador publicou artigo na Folha de S. Paulo dizendo que chegou a ser seduzido pelo canto das sereias, mas que desistiu. Colocou-se como algu�m disposto a ajudar no debate, mas n�o para ser candidato neste instante.

“O momento de total frustra��o com a classe pol�tica e com as op��es que se apresentam no panorama sucess�rio levou o meu nome a um lugar central na discuss�o sobre a cadeira mais importante na condu��o do pa�s (...) Mas tenho hoje uma convic��o ainda mais v�vida e forte de que serei muito mais �til e potente para ajudar meu pa�s e o nosso povo a se mover para um lugar mais digno, ocupando outras posi��es no front nacional”, afirmou ele, no artigo.

Durante debate promovido pela revista Veja, em S�o Paulo, Huck afirmou que “nunca chegou a ser candidato de fato e disse que seria uma insanidade promover uma ruptura t�o grande na sua carreira como apresentador e com sua fam�lia”.

Ele � casado com a apresentadora Ang�lica e tem tr�s filhos. Para o tamb�m apresentador de televis�o Jo�o Soares, Huck errou ao desistir da candidatura. “Ele � inteligente, preparado. At� qual idade vai ficar apresentando programas que distribuem pr�mios?”

Huck tornara-se a moda da vez, embora o prefeito de S�o Paulo Jo�o Doria j� tenha flertado com esse adjetivo de novo na pol�tica. Mas como os pr�prios tucanos admitem, ele queimou a largada. Munido de pesquisas internas que mostram o derretimento de sua imagem perante a popula��o, resolveu recolher os flaps e admite, agora, concorrer ao governo de S�o Paulo. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa conversou diversas vezes com o PSB e a Rede, at� sinalizou simpatia com a possibilidade de ter como vice Marina Silva mas, at� o momento, n�o bateu o martelo quanto a nada.

Experi�ncia complexa


Na opini�o do cientista pol�tico da Funda��o Escola de Sociologia e Pol�tica de S�o Paulo Rui Tavares Maluf, Huck conseguiu distinguir a pr�-campanha da campanha, quando as cr�ticas e os ataques tender�o a se tornar ainda mais duros.

Maluf afirma que, mesmo sendo um nome acima da m�dia, que frequenta a academia e tem um certo embasamento intelectual, a vida de Huck poderia ser f�cil em um determinado momento, mas governar seria uma experi�ncia complexa. “Se � poss�vel sonhar com uma candidatura sem um partido relativamente forte para apoiar, � imposs�vel governar sem legendas estruturadas ao seu lado”, afirmou Rui Tavares.

O professor de ci�ncia pol�tica do Insper Carlos Melo � mais c�tico quanto �s palavras de Huck, ao lembrar que ele pr�prio escreveu que n�o seria candidato, mas que permaneceria disposto a ajudar no debate. “Na pr�tica, significa dizer: estou aqui, qualquer coisa me chamem”, disse Melo.

Ele afirmou, contudo, que, embora  haja a dificuldade de encontrar uma op��o de candidatura outsider, esse espa�o permanece aberto. “A grande quest�o � saber qual � embate dessa elei��o: � entre um candidato reformista e outro conservador? � entre esquerda e direita? � entre o representante do sistema e um que esteja fora dele?”, questionou Melo. “Sem isso, n�o h� como definir qual o perfil desse outsider”, concluiu.


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