
S�o Paulo - O delegado da Pol�cia Federal (PF) M�rcio Anselmo, que iniciou as investiga��es da Opera��o Lava-Jato em Curitiba, em 2013, afirmou que a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a A��o Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5508 coloca em jogo a dela��o e o "futuro da pr�pria investiga��o criminal".
Considerado o principal delegado da Lava-Jato, Anselmo pediu para sair da for�a-tarefa em Curitiba, em 2016, depois de a Procuradoria exigir que a PF ficasse de fora da dela��o da Odebrecht - atualmente ele � corregedor no Esp�rito Santo.
"A colabora��o premiada consiste em t�cnica especial de investiga��o, principal meio de obten��o de prova contra o crime organizado e importante mecanismo de combate � corrup��o", afirmou Anselmo.
O delegado Edivandir Paiva, presidente eleito da Associa��o Nacional dos Delegados da Pol�cia Federal (ADPF), afirmou que "ser� um preju�zo absurdo" se a Corte proibir a PF de negociar acordos de dela��o premiada.
J� o procurador regional da Rep�blica Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava-Jato em Curitiba, disse que h� um risco de que a PF vire uma "segunda porta" onde os "afogados" v�o buscar um acordo, depois de terem tentativas frustradas no MPF.
"Tenho muitas d�vidas, porque vai causar uma inseguran�a jur�dica t�o grande que acho que vai afastar os colaboradores. S� vai procurar os acordos quem estiver extremamente desesperado", disse o procurador.
Carlos Fernando citou o caso do lobista Marcos Val�rio, que fechou acordo com a PF. "O que Marcos Val�rio traz � insuficiente para fazer acordo. O que vai acontecer � que as pessoas v�o come�ar a ganhar acordos e perceber que podem come�ar a contar hist�rias mal arrumadas."