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Estado de Minas

Lula reafirma que n�o � contra a Lava Jato, mas cr�tico de dela��es


postado em 07/12/2017 16:01

Rio, 07 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) reafirmou nesta quinta-feira, 7, em ato em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que n�o � contra a Opera��o Lava Jato - da qual � r�u -, mas sim cr�tico das dela��es premiadas.

"N�o pensem que sou contra a Lava Jato. Prender ladr�o � uma necessidade nesse Pa�s. Eles prenderam alguns e soltaram alguns. Todo cara que faz dela��o � porque roubou. Faz para devolver ao Minist�rio P�blico apenas uma pequena parcela do roubo e viver rindo �s custas do que roubou", disse, referindo-se a ex-executivos da Transpetro e da Petrobras. "Vamos ver como est�o vivendo o S�rgio Machado, o Paulo Roberto Costa?"

Ele disse tamb�m que armar a popula��o e refor�ar o poderio b�lico das pol�cias n�o v�o reduzir a viol�ncia - alus�o indireta ao deputado Jair Bolsonaro (PSC), virtual candidato � Presid�ncia da Rep�blica em 2018 que aparece em segundo lugar nas pesquisas de opini�o.

"A solu��o desse Pa�s n�o � arma, � trabalho, sal�rio, educa��o. Se um menino de 17 ou 18 anos tiver escola e trabalho e puder comprar um celular, um t�nis, uma camiseta da hora, ele n�o vai roubar", pontuou, em discurso de 25 minutos para centenas de pessoas.

Lula disse que n�o � candidato oficialmente, mas afirmou que vai ganhar se concorrer ao Planalto. "Eu n�o precisava fazer o que estou fazendo. Tenho consci�ncia dos mandatos que fiz", declarou. "Se eles n�o t�m compet�ncia para consertar esse pa�s, eu tenho".

Ao falar do Rio de Janeiro, que vive crise fiscal, com atraso salariais de servidores, h� dois anos, desafiou: "S� existe uma possibilidade para o Rio, � ter um presidente comprometido com o Rio. � por essas raz�es que resolvi voltar."

O palanque de Lula foi montado na Pra�a do Rel�gio, no centro na cidade, uma �rea de com�rcio popular. A pra�a come�ou a encher por volta das 11 horas e Lula falou ao p�blico a partir das 14h40, duas horas depois do hor�rio inicialmente anunciado.

O aposentado Francisco Caetano, de 66 anos, esperou mais de tr�s horas sob morma�o forte. "Como n�o vou esperar pelo �nico presidente que governou para os pobres? Por que a Lavo Jato quer prender o Lula e o (presidente Michel) Temer fica solto?", disse. O m�sico Alex Tavares, de 33 anos, acha que o povo ir� para as ruas numa eventual ordem de pris�o. "Lula protegeu o povo, o povo protege Lula", justificou.

Antes de Lula chegar, algumas pessoas passaram pela �rea junto ao palco e gritaram "safado", "ladr�o" e "corrupto", mas eram minoria. Quando acontecia, o locutor dizia que os apoiadores n�o aceitariam provoca��es e pedia respeito aos opositores.

O ex-presidente est� em caravana pelo Esp�rito Santo e o Rio desde segunda-feira. Conclui a viagem na sexta-feira, na capital do Estado. Ele fez outras caravanas em 2017, no Nordeste e em Minas Gerais.

O processo a que Lula responde no caso do triplex no Guaruj� (SP) est� no Tribunal Regional Federal da 4.� Regi�o (TRF-4) e o julgamento dever� sair antes do in�cio da campanha presidencial, possivelmente ainda no primeiro semestre de 2018. Se o TRF-4 confirmar a decis�o da primeira inst�ncia, ele ser� barrado pela Lei da Ficha Limpa - ficar� ineleg�vel por sete anos.

L�der de todas as pesquisas de inten��o de voto para presidente, Lula foi condenado em julho pelo juiz federal S�rgio Moro a nove anos e seis meses de pris�o por corrup��o e lavagem de dinheiro. O juiz entendeu que ele recebeu o triplex como propina da construtora OAS em troca de contratos da empresa com a Petrobras.

(Roberta Pennafort)


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