'Tudo que for poss�vel tem de ser privatizado', diz Rog�rio Chequer

S�o Paulo - Ex-l�der do Vem Pra Rua (VPR), que protagonizou os protestos pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, Rog�rio Chequer vai estrear na pol�tica disputando o governo de S�o Paulo. O empres�rio se filiou ao Novo na ter�a-feira, 12, e nesta quinta-feira, 14, o partido vai divulgar nas redes sociais um v�deo apresentando o pr�-candidato ao Pal�cio dos Bandeirantes.

Chequer, que se desligou oficialmente do VPR na semana passada, reafirmou que n�o vai governar sozinho, por isso n�o v� a inexperi�ncia na gest�o p�blica como um obst�culo. Ele ainda n�o tem um programa de governo, mas sabe como quer se diferenciar dos governos tucanos: "Tudo que for  poss�vel tem de ser privatizado, desde que aumente a qualidade de servi�os para a popula��o e o governo gaste menos, n�o apenas dinheiro, com aten��o e energia com essas coisas", afirmou Chequer.

Os movimentos faziam pol�tica fora dos partidos, mas agora, como o senhor, est�o entrando nessa outra esfera. Existe transforma��o pol�tica sem passar pela pol�tica partid�ria?

Existe. Vamos estabelecer alguns limites aqui. O VPR come�ou e continua suprapartid�rio, isso � muito importante. N�s incentivamos que membros… Preciso mudar isso agora. O movimento incentiva que seus membros entrem na pol�tica, concorram a cargos eletivos. Agora, quando eles fazem isso, precisam se afastar do movimento, para n�o confundir as coisas. Eu me afastei do movimento na quarta-feira passada, quando eu realmente decidi, a� me afastei formalmente do movimento.

Qual a sua avalia��o do p�s-impeachment e do governo Temer?

Se a gente n�o tivesse tido o impeachment, hoje n�o seriam 12 milh�es de desempregados, seriam 20 milh�es. A gente teria um governo que estava se nutrindo de empresas estatais que deveria estar servindo o povo. Ent�o, acho que o impeachment valeu muito a pena. Quanto ao governo Temer, eu acho que ele teve iniciativas important�ssimas para tentar recolocar o Brasil numa trajet�ria de crescimento, como o equil�brio dos gastos, a PEC do Teto, as novas regras de participa��o de pol�ticos em empresas estatais. Infelizmente, elas n�o vieram acompanhadas de uma forma �tica, transparente e nova de fazer pol�tica.

Qual a sua avalia��o dos governos tucanos?

Eles tiveram, em termos relativos, mais sucesso em equil�brio fiscal do que outros Estados do Brasil, s� que isso n�o � suficiente. Acho que a gente continua com servi�os b�sicos extremamente sofr�veis. Fora uma certa responsabilidade fiscal, o dinheiro est� sendo mal gasto, porque n�o tem melhoria nos servi�os b�sicos que o Estado deveria estar propiciando. S�o empresas, autarquias, est� envolvendo uma s�rie de empresas sob responsabilidade direta do governo, em vez de estar focando em servi�os b�sicos. � uma interfer�ncia em servi�os que deveriam estar sendo bem oferecidos pela iniciativa privada e n�o est�o.

Se for eleito, ent�o, voc� pretende fazer privatiza��es?

Com certeza a gente precisa diminuir. N�o tenho um n�mero e n�o sei quais ainda, porque n�o come�amos a montar um programa. Mais para frente a gente traz mais detalhes. Mas a proposta � diminuir isso tudo. A sociedade vai gastar menos e ter mais qualidade, o que me parece que n�o foi feito ao longo desses governos tucanos. Tudo o poss�vel tem de ser privatizado, desde que aumente a qualidade de servi�os para a popula��o e o governo gaste menos, n�o apenas dinheiro, com aten��o e energia com essas coisas.

Como o senhor avalia a gest�o do prefeito Jo�o Doria?

Eu acho que ele trouxe alguns aspectos positivos, uma tend�ncia � privatiza��o, a tentar melhorar os servi�os, mas ele despendeu tempo demais em assuntos que n�o s�o da cidade de S�o Paulo. Ele foi eleito para passar quatro anos na prefeitura e era esse o foco que ele deveria ter e isso n�o ficou claro ao longo do ano.