Bras�lia, 14 - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, repetiu nesta quinta-feira, 14, que s� tomar� uma decis�o sobre uma eventual candidatura � Presid�ncia da Rep�blica em mar�o ou no come�o de abril do pr�ximo ano, mas adiantou quais diretrizes manteria caso fosse eleito para o cargo m�ximo do Pa�s.
"Em primeiro lugar, � importante manter a agenda de reformas modernizantes na economia. Em segundo lugar, � fundamental manter e aumentar a profissionaliza��o das empresas estatais. Em terceiro lugar, estaria implementar as reformas microecon�micas voltadas para o aumento da produtividade", afirmou o ministro, em entrevista � r�dio BandNews, ap�s ser perguntado sobre os tr�s pontos que considerava que deveriam ser mantidos pelo pr�ximo presidente. "N�o acho que deve haver mudan�a de dire��o", completou.
Perguntado se acredita que ter� o apoio do atual governo na sua eventual candidatura, Meirelles respondeu que primeiro precisa tomar a decis�o de concorrer ou n�o, para a partir da� ver como se desenvolve a estrutura de apoio em torno do seu nome.
O ministro tamb�m avaliou que a possibilidade de concorrer � Presid�ncia n�o prejudica o apoio � reforma da Previd�ncia da parte de partidos que desejam lan�ar candidatos ao cargo. "As for�as pol�ticas que apoiam a reforma s�o muito diversas", respondeu.
Durante a entrevista, Meirelles voltou a enfatizar a necessidade da aprova��o da reforma previdenci�ria, cuja vota��o na C�mara dos Deputados foi adiada para fevereiro. "Precisamos aprovar a Previd�ncia e continuar a agenda fiscal para cumprirmos o Teto de Gastos nos pr�ximos anos. As reformas diminuir�o o risco fiscal e ir�o tirar esse componente da taxa de juros", argumentou.
O ministro disse estar confiante na aprova��o da reforma, porque, segundo ele, os n�meros da Previd�ncia s�o brutais. Ele lembrou que o INSS j� consome 55% do or�amento, volume que pode subir para 80% daqui a dez anos.
"Sem a reforma da Previd�ncia, n�o sobrar�o recursos para a sa�de, a educa��o, os investimentos nem para emendas parlamentares. Se a Previd�ncia n�o for aprovada, os juros v�o subir porque o risco Brasil vai aumentar, o que gera press�o para o Banco Central colocar taxas elevadas para controlar infla��o", alertou.
Para Meirelles, se a reforma n�o passar, o Brasil voltar� ao cen�rio de incertezas que levou � recess�o, e com um ambiente piorado. "Sem a reforma, cai a bolsa, sobe o d�lar, e aumenta a vulnerabilidade do Pa�s", resumiu.
Ele voltou a dizer que a prioridade do governo ap�s a aprova��o da reforma previdenci�ria ser� a chamada simplifica��o tribut�ria. "A carga tribut�ria est� elevada, e cortando despesas podemos reduzi-la. A simplifica��o tribut�ria ir� facilitar a vida de todos", defendeu.
Meirelles ainda admitiu que a sensa��o de bem-estar da popula��o continua em baixa, segundo ele, porque a recess�o foi muito longa. "A sensa��o de bem-estar � algo que cresce devagar e a popula��o ainda n�o percebe. A popula��o se sentir� melhor a partir do segundo trimestre de 2018", projetou. "Os juros para o consumidor tendem a cair enquanto a Selic se mantiver baixa", concluiu.
(Eduardo Rodrigues)