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Estado de Minas

Por Planalto, Maia monta equipe e agenda viagens


postado em 10/01/2018 07:49 / atualizado em 10/01/2018 10:07

Bras�lia - O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desceu do muro, assumiu sua pr�-candidatura � Presid�ncia da Rep�blica em outubro e j� monta at� equipe. No pr�ximo s�bado, dia 13, Maia embarca para os Estados Unidos para estrear como presidenci�vel no ambiente internacional, enquanto encorpa sua agenda de viagens internas com o objetivo de consolidar uma alian�a de pelo menos quatro partidos para a largada. Al�m do DEM, tem conversas avan�adas com PP e Solidariedade e namora PSD, PR e PRB, sonhando em atrair apoios em dois dos maiores partidos, PSDB e MDB.

Em sua viagem para Washington e Nova York, Maia ter� encontros com o secret�rio-geral das Na��es Unidas (ONU), o portugu�s Antonio Guterres, dar� entrevista para o jornal "The Washington Post" e pretende incluir um jantar com jornalistas e diplomatas. Depois, seguir� para Canc�n, para um f�rum econ�mico. Na volta a Bras�lia, ele poder� assumir a Presid�ncia, caso Michel Temer mantenha a ida ao F�rum de Davos, na Su��a.

A primeira rea��o de Maia quando seu nome come�ou a ser considerado como "candidato de centro" foi refutar a ideia. Primeiro, avan�ou e depois recuou nas articula��es para assumir a vaga de Temer caso as den�ncias do ent�o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, vingassem. Dizia e repetia que era cedo para almejar algo t�o pretensioso e argumentava: "Sei do meu tamanho". Por�m, a press�o aumentou e ele agora assume que � pr�-candidato.

Na manh� desta ter�a-feira, 9, Maia recebeu um telefonema do ex-presidente do PSDB senador A�cio Neves (MG) para elogiar uma frase sua ao jornal O Globo: "Eu n�o tenho problema de correr risco, mas n�o estou disposto a participar de uma aventura". O jogo de palavras, entre "risco e aventura", remete a um discurso hist�rico do av� de A�cio, Tancredo Neves, que foi eleito presidente por vota��o indireta, em 1985, mas ficou doente e nunca assumiu. Na liga��o, A�cio comemorou: "Voc� est� come�ando bem!".

Atrair parcelas do PSDB para sua eventual campanha presidencial faz parte da estrat�gia de Maia, que n�o admite nem para os aliados mais pr�ximos, mas tem at� um nome tucano para integrar como vice sua chapa: o de Antonio Anastasia, que � aliado de primeira hora de A�cio, foi governador de Minas, � considerado um bom t�cnico e um senador muito respeitado.

Al�m de potencialmente puxar uma ponta tucana, � de um Estado que faz uma conex�o entre o centro-sul e o Nordeste. Anastasia tem feito declara��es a favor do governador Geraldo Alckmin, mas continua na mira de Maia, com ajuda de A�cio. Uma alternativa � a senadora Ana Am�lia (PP-RS).

Na agenda de viagens do presidente da C�mara, ele vai hoje ao Esp�rito Santo, onde participa de reuni�o com governador Paulo Hartung (MDB) e o ministro da Educa��o, Mendon�a Filho (DEM-PE). Nesta quinta-feira, 11, Maia emenda uma viagem a Santa Catarina para almo�ar com o governador Raimundo Colombo (PSD) e o ex-senador Jorge Bornhausen, que foi um dos fundados do antigo PFL, articulou a mudan�a para DEM e, depois, liderou a debandada de democratas para o PSD. Esse almo�o � uma largada para a reuni�o dos dois partidos em outubro.

Equipe


Al�m das viagens, Maia j� come�ou a montar uma estrutura de pr�-campanha e tem um marqueteiro e economistas de sua confian�a para dar um tom profissional a seu discurso. Uma coisa que tem dito, com base em pesquisas, � que n�o adianta assumir posi��es excessivamente avan�adas em temas pol�micos, como drogas, "porque a sociedade n�o aceita". � assim que pretende se apresentar em contraposi��o ao conservadorismo de Jair Bolsonaro, mas sem tentar ir para o lado oposto, do que chamam de "vanguardismo".

A estrutura��o profissional da campanha foi discutida por Maia em almo�o nesta ter�a com Mendon�a Filho e o prefeito de Salvador, ACM Neto, que vai assumir a presid�ncia do DEM em fevereiro. Os dois s�o os principais formuladores da pr�-campanha at� agora, mas Maia recebe refor�os de rec�m-chegados ao DEM, como os deputados Her�clito Fortes (PI), Danilo Forte (CE) e Tereza Cristina (MS), que vai assumir a forte Frente Parlamentar da Agropecu�ria.

A iniciativa privada, ali�s, tem prioridade na estrat�gia de Maia, que tem tido reuni�es com empres�rios do eixo Rio-Minas-S�o Paulo e tem sido requisitado por representantes do setor financeiro para expor suas ideias. Uma das a��es de Maia neste recesso parlamentar tem sido desfazer vers�es de que estaria trabalhando, por baixo dos panos, contra a reforma da Previd�ncia, com vota��o prevista para 19 de fevereiro. "Todo mundo sabe que eu sou o primeiro a defender a reforma", insiste ele, lembrando que tem enfrentado a onda p�blica contr�ria �s mudan�as.

A reforma � um dos marcos para o eventual lan�amento oficial da candidatura, que s� poder� ocorrer a partir de mar�o, at� mesmo para garantir o apoio de no m�nimo quatro partidos. Isso seria a alavanca inicial, para ganhar consist�ncia e depois conquistar apoios dos demais partidos de centro, que t�m hoje prefer�ncia por Alckmin.

Meirelles


E a candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles? Para Maia e a c�pula do DEM, Meirelles � "candidato dele pr�prio", pois nem ter� apoio do governo, nem do pr�prio partido, o PSD. Se o governo for mal, nenhum ministro ter� chances. Se for bem, Maia aposta que Temer se lan�ar�. As rela��es entre o deputado democrata e o ministro da Fazenda sofreram, inclusive, um abalo nesta semana, por causa do empurra-empurra da "flexibiliza��o" da chamada "regra de ouro", que impede o governo de emitir d�vida para cobrir despesas correntes. Meirelles atribuiu a Maia, Maia atribuiu a Meirelles, principalmente depois que o governo foi obrigado a recuar, diante da avalanche de cr�ticas.


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