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Estado de Minas

Julgamento faz PT atrasar plano eleitoral de Lula

As conversas para confirmar o candidato ao Pal�cio do Planalto dependem da situa��o jur�dica do ex-presidente


postado em 12/01/2018 07:49 / atualizado em 12/01/2018 11:27

O ex-presidente aguarda o resultado do julgamento no dia 24 de janeiro(foto: Nelson Almeida)
O ex-presidente aguarda o resultado do julgamento no dia 24 de janeiro (foto: Nelson Almeida)

O cen�rio pol�tico conturbado desde o in�cio da Lava-Jato, em 2014, o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, em 2016, e a indefini��o jur�dica sobre a candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva provocaram atraso no cronograma eleitoral do PT. Em elei��es passadas, nesta altura da disputa, o partido j� tinha definido os nomes da coordena��o da campanha respons�veis pelas articula��es pol�ticas, mesmo que informalmente.

At� agora, o �nico setor cujos integrantes j� foram confirmados � o de programa de governo, a cargo do ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad.

Embora o partido n�o confirme publicamente, dirigentes admitem em conversas reservadas que a situa��o jur�dica de Lula tamb�m tem atrapalhado. L�der nas pesquisas de inten��o de voto, ele foi condenado em primeira inst�ncia a 9 anos e 6 de pris�o por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guaruj� (SP). Se a senten�a for confirmada no dia 24 pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Regi�o (TRF-4), o petista pode ficar ineleg�vel com base na Lei da Ficha Limpa.

"A partir do dia 25, quando o partido vai reafirmar a candidatura de Lula, vamos acelerar este processo”, disse o ex-ministro da Sa�de Alexandre Padilha, um dos vice-presidentes do PT. "Estamos em uma situa��o excepcional em rela��o a anos anteriores. Agora � uma disputa com grande instabilidade institucional, temos a situa��o de enfrentamento pelo direito de Lula ser candidato, desde 2003, pela primeira vez, n�o estamos no governo federal. � natural. N�o � s� no PT, o ambiente pol�tico est� muito diferente”, afirmou.

Segundo dirigentes petistas, embora o partido tenha descartado plano B e decidido insistir na candidatura de Lula, o julgamento do ex-presidente ganhou prioridade na agenda da sigla, tirando espa�o, tempo e recursos das articula��es pol�ticas.

Na condi��o de presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) deve assumir a coordena��o-geral da campanha - hoje ela comanda o Grupo de Trabalho Eleitoral criado em dezembro do ano passado -, mas alguns petistas gra�dos questionam a viabilidade de ela acumular a fun��o com a campanha � reelei��o ao Senado. Pela primeira vez um coordenador de campanha presidencial deve ser candidato a cargo majorit�rio - Jos� Dirceu, em 2002, e Ricardo Berzoini, em 2006, disputaram a C�mara.

Al�m disso, petistas apontam a falta de articuladores com experi�ncia eleitoral no entorno do ex-presidente. Dirceu e Antonio Palocci foram abatidos pela Lava Jato. Marco Aur�lio Garcia morreu em julho do ano passado. Berzoini est� afastado da pol�tica, os velhos colaboradores que integravam a dire��o do Instituto Lula foram substitu�dos por jovens sem experi�ncia e apenas dois dos cinco vice-presidentes do PT n�o s�o candidatos a deputado - Luiz Dulci e Alberto Cantalice.

A Secretaria de Organiza��o do PT destacou um funcion�rio para atualizar diariamente a situa��o eleitoral nos Estados, mas o partido e Lula ainda n�o t�m nomes com estofo e mandato partid�rio para negociar a montagem dos palanques regionais para o ex-presidente.

Sem marqueteiro

Com pouco dinheiro em caixa depois dos esc�ndalos revelados pela Lava Jato, a campanha de 2018 n�o ter� a figura do marqueteiro, desde 2002 ocupada por estrelas como Duda Mendon�a e Jo�o Santana, e a comunica��o vai ficar a cargo de um colegiado. Os �ltimos programas de TV do PT foram realizados por uma produtora independente com ajuda de Sid�nio Palmeira, e palpites da dire��o. A comunica��o do PT hoje � feita por uma empresa criada por militantes.

A equipe do programa de governo tamb�m vai sofrer mudan�as. Alas petistas rejeitaram a escolha de "tr�s homens, brancos, paulistas” (Haddad, Renato Sim�es e M�rcio Pochmann) e, agora, cobram a inclus�o de negros e mulheres.

Desde 2016, Lula se re�ne semanalmente com grupo de economistas antes liderados por Marco Aur�lio Garcia. Ap�s a morte do ex-assessor especial da Presid�ncia, a coordena��o ficou com Pochmann, cujo perfil acad�mico e discreto permitiu a ascens�o do ex-ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante.

'Em dia'

Por meio da assessoria de imprensa, o PT informou que a escolha de Gleisi como coordenadora da campanha de Lula ainda n�o foi decidida, negou atraso no cronograma e disse que o partido � um dos �nicos com candidato definido desde o ano passado. Segundo a legenda, a montagem da equipe vai entrar no foco da dire��o a partir do dia 25.


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