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Estado de Minas

Temer afasta vice-presidentes da Caixa investigados por corrup��o

Minist�rio P�blico e Banco Central recomendaram ao governo o afastamento dos dirigentes por suspeita de corrup��o


postado em 16/01/2018 18:11 / atualizado em 16/01/2018 18:48

(foto: Edu Alves/CB/DA Press)
(foto: Edu Alves/CB/DA Press)

A Caixa Econ�mica Federal declarou que cumprir� a determina��o do presidente Michel Temer de afastar quatro de seus 12 vice-presidentes, por suspeitas de corrup��o, por um prazo de 15 dias. Nesta ter�a-feira, 16, o Pal�cio do Planalto distribuiu nota anunciando a determina��o de Temer, sem especificar o n�mero de VPs atingidas. O prazo de 15 dias servir� para que os executivos citados nas investiga��es apresentem "ampla defesa das acusa��es".

A Caixa informou que ser�o afastados os vice-presidentes Ant�nio Carlos Ferreira (Corporativo), Deusdina dos Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias), Jos� Henrique Marques da Cruz (Clientes, Neg�cios e Transforma��o Digital) e Roberto Derzi� de Sant'Anna (Governo). 

O Banco Central recomendou que a Caixa afaste vice-presidentes da institui��o por suspeitas de corrup��o. O posicionamento era contr�rio � decis�o do presidente Temer, que insistia em manter os dirigentes no banco p�blico para evitar conflitos com partidos pol�ticos que indicaram os nomes para os cargos.

Oficialmente, o BC n�o comenta o assunto. A informa��o foi confirmada pelo jornal "o Estado de S. Paulo", com fontes do Minist�rio P�blico Federal (MPF), que tamb�m defende o afastamento. O MPF deu 45 dias para que a Caixa cumpra a recomenda��o de retirar os executivos do comando do banco. Os procuradores da Greenfield enviaram of�cio � procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, que deve ser encaminhado ao presidente Temer, no qual alerta que Temer poder� ser responsabilizado por futuros crimes cometidos pelos VPs da Caixa a partir do dia 26 de fevereiro, prazo final dado pelo MPF para que o Planalto acate a recomenda��o. 

Auditoria

Uma investiga��o independente contratada pela Caixa detectou casos de influ�ncia pol�tica no banco em ao menos quatro vice-presid�ncias. O documento foi produzido pelo escrit�rio Pinheiro Neto e ser� anexado aos processos relacionados ao banco para refor�ar as den�ncias contra pol�ticos e ex-funcion�rios que atuariam em favor de grandes empresas.

Esta semana, a Procuradoria da Rep�blica do Distrito Federal entregou � 10ª Vara Federal em Bras�lia as alega��es finais no processo sobre desvios na vice-presid�ncia de Fundos de Governo e Loterias, respons�vel pelo fundo de investimento do FGTS (FI-FGTS). O caso teve origem na Opera��o S�psis, que prendeu o corretor L�cio Bolonha Funaro, apontado como operador do ex-deputado Eduardo Cunha e do PMDB da C�mara.

O documento produzido pelo Pinheiro Neto � o mesmo cujo conte�do embasou a recomenda��o do MPF para que a Caixa substitua os seus 12 vice-presidentes e contrate uma empresa de recrutamento para selecionar os executivos do banco.

A solicita��o foi encaminhada ao banco e ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em dezembro de 2017. Em resposta, a Caixa negou a troca de executivos e afirmou ter um "sistema de governan�a adequado � Lei das Estatais, fazendo com que a maior parte das recomenda��es j� estejam implementadas, em implementa��o ou em processo de estudo pelas suas inst�ncias decis�rias, antes mesmo de qualquer manifesta��o do MPF".

Por meio da assessoria de imprensa, a Caixa tamb�m informou que "n�o concorda com as interpreta��es que v�m sendo dadas �s conclus�es do relat�rio do Escrit�rio Pinheiro Neto, elaborado a pedido da pr�pria Caixa. Tais interpreta��es v�m gerando percep��es equivocadas em rela��o ao banco e alguns dirigentes".

Acusa��es 

No documento encaminhado � Caixa, os procuradores apontaram supostas irregularidades que teriam sido mapeadas pela investiga��o do Pinheiro Neto contra ao menos quatro vice-presidentes do banco: vazamento de informa��es privilegiadas para pol�ticos sobre andamento de pedidos de empr�stimos, negocia��o de cargo em estatal como moeda de troca para libera��o de cr�dito e pedidos para atender a "demandas" de pol�ticos como garantia para a manuten��o da vaga de vice-presidente.


 


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