
“Na minha opini�o, se n�o conseguir voto em fevereiro, n�o vota mais. Depois, n�s vamos ter outras agendas que precisam avan�ar”, disse o deputado. Segundo Maia, entre as mat�rias prontas para ser votadas no plen�rio da C�mara est�o a desonera��o da folha, os supersal�rios e o foro privilegiado.
Pessimismo
Maia descartou que esteja pessimista com a aprova��o da reforma da Previd�ncia. Na manh� desta ter�a-feira, por�m, Maia disse que prioriza a agenda da reforma "sem nenhum tipo de otimismo, sem nenhum discurso em que a gente diga que esta � uma mat�ria que estar� resolvida em fevereiro de 2018”. Em discurso mais agressivo, Maia disse que est� sendo “realista” e que j� existe “muito pol�tico mentiroso no Brasil”.
“N�o fiz discurso pessimista, n�o posso ir para nenhum ambiente no Brasil e no exterior e mentir. J� tem muito pol�tico mentiroso no Brasil, acho que chega. Est� na hora de a gente falar a verdade, e a reforma da Previd�ncia n�o � uma vota��o simples”, afirmou.
O presidente da C�mara voltou a dizer que o governo precisa reorganizar a sua base aliada para alcan�ar os 308 votos necess�rios � aprova��o da reforma. Por se tratar de proposta de emenda � Constitui��o, s�o necess�rios pelo menos dois ter�os do total de 513 parlamentares favor�veis � medida, o correspondente a 308 votos, para a mat�ria ser aprovada pelo plen�rio, em dois turnos.
“Se est� achando que a organiza��o do trabalho est� lenta por causa do recesso, e isso � verdade, se eu falar que est� resolvido, que j� temos os 308 votos, o que est� lento pode ficar pior, vai ficar todo mundo parado. Ent�o, a gente tem que falar a verdade, para que, em cima de um fato real, de que n�o � simples votar a Previd�ncia este ano, a gente possa recompor a maioria, recompor a base de 320 [parlamentares] para ir para o plen�rio. Falar a verdade e ser realista ajuda mais para uma vota��o do que ficar criando fantasia e, na hora da vota��o, perder”, ressaltou.
Para o deputado, o governo e sua base precisam identificar os pontos cr�ticos da proposta, que ainda causam d�vidas na popula��o, para que a PEC possa avan�ar no Congresso Nacional.
“Acho que o governo ou os partidos podiam fazer uma pesquisa para compreender onde est� a rejei��o [� reforma da Previd�ncia]”, disse. “Tenho certeza de que tem uma quantidade enorme de brasileiros que n�o ser�o atingidos pela reforma da Previd�ncia est�o contra. Ent�o, tem que ter um planejamento que embase a pesquisa para que a base do governo possa chegar � sociedade e explicar ‘voc� est� contra uma reforma que est� te beneficiando’”, disse.
Segundo Maia, h� setores da sociedade que distorcem as informa��es sobre a reforma para n�o perder benef�cios. “Tem muita informa��o que n�o � verdadeira, que est� sendo passada por aqueles que n�o querem abrir m�o de nada, parte do servi�o p�blico, e ficam dando informa��es � base da sociedade, que est� distante, menos presente nesse debate, e ficam distorcendo o debate.”
Para o deputado, o enfrentamento deve ser “com muita gente que usa um exemplo da sociedade, mas na verdade est� defendendo o seu pr�prio interesse”.
Rodrigo Maia participa, at� quinta-feira (18), de encontros oficiais com autoridades, pol�ticos e empres�rios nos Estados Unidos e no M�xico.
