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Estado de Minas

Temer quer frente anti-Lula nos minist�rios

O plano de Temer � conquistar mais da metade do hor�rio eleitoral na TV e isolar o PT do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva


postado em 18/01/2018 09:09 / atualizado em 18/01/2018 09:37

Presidente Michel Temer(foto: Reprodução/Facebook)
Presidente Michel Temer (foto: Reprodu��o/Facebook)

Bras�lia - O Pal�cio do Planalto vai condicionar a manuten��o dos partidos no comando de minist�rios ao apoio a um candidato que tenha aval do governo para a disputa � Presid�ncia e seja uma esp�cie de anti-Lula. A estrat�gia do presidente Michel Temer � aproveitar a reforma ministerial, em mar�o, para construir ampla alian�a de centro. O plano est� sendo desenhado para conquistar mais da metade do hor�rio eleitoral na TV e isolar o PT do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Na avalia��o de auxiliares de Temer, mesmo que Lula seja condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF-4) no dia 24, em Porto Alegre, o nome dele pode estar na urna, em raz�o de recursos judiciais. Diante dessa perspectiva, o governo se prepara para uma ofensiva pol�tica contra a oposi��o, menos de dois anos ap�s o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No m�nimo 13 dos 28 ministros devem deixar os cargos at� 7 de abril para disputar as elei��es. Temer, por�m, quer fazer todas as trocas na equipe em mar�o. A expectativa � de que, at� l�, j� esteja claro quem ser� o nome ungido pelo Planalto.

O PP do senador Ciro Nogueira (PI) flerta com uma poss�vel candidatura do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas abriu negocia��es regionais com o PT de Lula, principalmente no Piau�. "Lula foi o melhor presidente para este pa�s, para o Piau� e para o Nordeste", disse Ciro, no fim de 2017, � TV Meio Norte. "Lula � o meu candidato a presidente."

O partido controla Sa�de, Agricultura e o titular das Cidades, Alexandre Baldy, � considerado da cota da legenda, embora ainda n�o tenha se filiado. O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, tamb�m foi indicado pelo PP.

Incerteza


A c�pula do PR n�o definiu quem apoiar� para a sucess�o de Temer, sob o argumento de que o cen�rio est� nebuloso e ainda nem se sabe se a reforma da Previd�ncia ser� aprovada. O ex-deputado Valdemar Costa Neto, que na pr�tica dirige o partido, mant�m �tima rela��o com Lula, mas tamb�m circula no Planalto. "O PR n�o descarta apoiar Lula", disse Jos� Rocha (BA), l�der na C�mara.

No comando do Minist�rio dos Transportes, o PR conseguiu retirar o Aeroporto de Congonhas da lista de privatiza��es. Em troca, ajudou Temer a derrubar a segunda den�ncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da Rep�blica.

O governo defende um �nico concorrente da base e at� agora n�o se empolgou nem com Maia - que tem contrariado o Planalto ao adotar tom pessimista sobre a aprova��o da reforma da Previd�ncia - nem com a candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Embora Jair Bolsonaro (PSC-RJ) esteja em segundo lugar nas pesquisas, atr�s de Lula, a percep��o no Planalto � de que a campanha do deputado n�o vai decolar.

PSDB


Em recente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Temer elogiou o governador Geraldo Alckmin, que postula a vaga pelo PSDB, disse preferir Meirelles na Fazenda e avaliou que a prioridade de Maia � a reelei��o na C�mara.

Antes de entrar em f�rias, o ministro das Rela��es Exteriores, Aloysio Nunes, teve conversa reservada com Alckmin, no Pal�cio dos Bandeirantes. Tucano, Aloysio deve deixar a equipe em mar�o, para concorrer a novo mandato no Senado, e torce por um acordo entre o PSDB e o MDB para a disputa ao Planalto.

"O Michel n�o quer perder essa rela��o com o PSDB, mas eu acho que ele � candidat�ssimo � reelei��o", afirmou o deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-l�der do governo na C�mara. "O MDB precisa ter candidato pr�prio para resgatar sua imagem e parar de ficar servindo de muleta para os outros", disse o deputado Mauro Pereira (MDB-RS).

Enquanto o quadro n�o se define, Temer enfrenta disputa judicial para manter a nomea��o da deputada Cristiane Brasil (RJ), filha do presidente do PTB, Roberto Jefferson, para o Minist�rio do Trabalho. Ela foi impedida pela Justi�a de assumir por causa de a��es trabalhistas.

Para a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), os partidos da base "brigam entre si" para definir um candidato porque n�o t�m propostas. "Qual � o projeto que essa gente tem? Cortar despesas sociais, retirar direitos dos trabalhadores e vender o patrim�nio p�blico. Algu�m ganha elei��o com uma plataforma dessas?"


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