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Estado de Minas

Presidenci�veis evitam clima de 'comemora��o' ap�s decis�o sobre Lula


postado em 25/01/2018 22:24

S�o Paulo, 25 - A condena��o em segunda inst�ncia na quarta-feira, 24, do ex-presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guaruj� aumenta a possibilidade de o petista ser preso e impedido de disputar a sucess�o presidencial em outubro, mas ainda deixa o cen�rio aberto para seus advers�rios, dificultando a defini��o de uma estrat�gia eleitoral. Com exce��o do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que assume o discurso antipetista e se coloca no outro extremo do debate, os demais presidenci�veis que se op�em ao PT relutam em defender uma elei��o sem Lula.

Prov�vel candidato pelo PSDB, o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, usa sempre a mesma tese de que "a lei � para todos, decis�o judicial se respeita e advers�rio n�o se escolhe". Mesmo com a decis�o do Tribunal Regional Federal da 4.� Regi�o (TRF-4), o tucano n�o pretende, ao menos por enquanto, alterar o planejamento tra�ado at� aqui, de se posicionar como o nome da concilia��o nacional, da austeridade fiscal e, mais recentemente, como representante do "povo".

Assim como o PT est� decidido a aguardar o �ltimo prazo poss�vel para trocar de candidato, caso a condi��o de ficha-suja se confirme e o ex-presidente seja barrado pela Justi�a Eleitoral, Alckmin tamb�m vai esperar para iniciar uma ofensiva direta � heran�a petista de 13 anos no governo federal centralizada na figura do ex-presidente.

Aliados do tucano ressaltam que � preciso aguardar as pr�ximas pesquisas de inten��o de voto para saber se a condena��o de quarta j� ter� algum impacto no eleitorado petista - ap�s o impeachment de Dilma Rousseff, h� d�vidas sobre a capacidade de transfer�ncia de votos atribu�da a Lula. Em suas redes, Alckmin disse que o julgamento reafirmou que ningu�m est� acima da lei. "O Brasil demonstra maturidade e segue em absoluto clima de normalidade democr�tica. O Pa�s deve buscar o rumo da �tica".

O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atualmente no exerc�cio da Presid�ncia - Michel Temer est� na Su��a -, contrariou a recomenda��o do governo de manter sil�ncio sobre o julgamento e divulgou nota oficial. "Constru� minha carreira combatendo, no campo da pol�tica, as teses defendidas pelo ex-presidente Lula e pelo PT. Ainda assim, quem tem responsabilidade p�blica, em qualquer na��o, n�o pode estar celebrando o dia de hoje."

Tido como pr�-candidato � elei��o presidencial, Maia afirmou ainda que, apesar da condena��o ter sido confirmada pelo TRF-4, "na pol�tica, o melhor foro de enfrentamento de teses diferentes � a campanha eleitoral". "Nela, o veredicto � dado pelas urnas. Mas a campanha n�o come�ou, e quem se pronunciou hoje foi o Poder Judici�rio. � necess�rio ouvi-lo e respeit�-lo", declarou.

Presente na comitiva de Temer � Su��a, o ministro da Fazenda e tamb�m presidenci�vel, Henrique Meirelles (PSD-SP), n�o se manifestou na quarta sobre o julgamento de Lula.

Muni��o

Menos discreto, Bolsonaro postou foto em que aparece na frente da TV comemorando a condena��o quando o placar ainda estava 2 a 0 contra o recurso apresentado pela defesa do petista. Na legenda, o parlamentar classificou a condena��o naquele momento por maioria como um "tiro de .50 na corrup��o", em refer�ncia ao tipo de muni��o, uma metralhadora de alto alcance.

No in�cio da noite, o vice-l�der das pesquisas afirmou que o resultado "ser� usado pela esquerda para continuar se vitimizando como fizeram no per�odo militar". As declara��es foram dadas pelo deputado durante transmiss�o via Facebook realizada na p�gina de um de seus filhos, Fl�vio, que � deputado estadual no Rio. A transmiss�o fora anunciada sob o t�tulo "Liberdade 3 x 0 Lula".

"Mais um dia hist�rico para todos n�s. Eu costumo dizer que t�o importante quanto voc� combater a corrup��o � voc� combater o socialismo, e evitar que o Brasil chegue a um ponto tal que n�o d� para retornar mais. Ouso dizer que, se Dilma tivesse continuado, acho que dificilmente fugir�amos de um regime como est� a Venezuela e como est� entrando a Bol�via."

Pr�-candidato pelo PPS, Cristovam Buarque (DF) afirmou que a confirma��o da senten�a contra Lula vai gerar "indecis�o" no processo eleitoral. "A primeira consequ�ncia (para as elei��es) � a indecis�o. Vamos participar sem saber quem s�o os candidatos, quais v�o chegar at� o final, quais candidatos ser�o cassados ou n�o. A segunda � a credibilidade. � �bvio que gera uma perda de credibilidade no processo eleitoral se o candidato que tem mais prest�gio neste momento sai por raz�es jur�dicas, mesmo que em um julgamento justo."

Colega de Senado e presidenci�vel pelo Podemos, �lvaro Dias (PR) classificou o julgamento como "emblem�tico". "Ningu�m acima da lei, mesmo um ex-presidente."

A ex-ministra Marina Silva, pr�-candidata ao Planalto pela Rede, reiterou apoio ao trabalho da Justi�a e afirmou que "todos s�o iguais perante a lei". As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Adriana Ferraz, com colabora��o de Thiago Faria, Marcio Dolzan, Carla Ara�jo e T�nia Monteiro)


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