
Bras�lia – O presidente Michel Temer decidiu adiar a viagem que faria na semana que vem para Portugal para participar da 12º Cimeira Luso-Brasileira, em 2 de fevereiro. Temer sairia do Brasil no dia 1º e, segundo interlocutores, pediu que o Minist�rio das Rela��es Exteriores agende nova data para o encontro com o primeiro-ministro portugu�s, Antonio Costa, para que ele possa concentrar os esfor�os nas negocia��es em torno da reforma da Previd�ncia.
Segundo auxiliares, Temer quer aproveitar a semana que vem para realizar as conversas a fim de garantir que as discuss�es da Previd�ncia comecem no dia 5, como est� pr�-estipulado pelo presidente da C�mara, Rodrigo Maia. No �ltimo fim de semana, o presidente disse a auxiliares que pretende colocar o texto da reforma da Previd�ncia em vota��o mesmo sem os votos necess�rios.
Na avalia��o do presidente, em caso de derrota, o governo ter� o discurso de que “fez a sua parte” e passar� a responsabilidade aos parlamentares, que seriam obrigados a assumir uma postura perante seus eleitores. O discurso de que sem a reforma “n�o haver� aposentadorias” no futuro foi refor�ado pelo presidente e seus ministros em v�deos publicados recentemente.
Al�m do esfor�o com os parlamentares, hoje come�am a ser transmitidos os programas na TV aberta que o presidente gravou nas �ltimas semanas para tentar diminuir a resist�ncia � reforma da Previd�ncia entre a popula��o. Hoje ainda ser� transmitido o programa Amaury Jr, na TV Bandeirantes. Amanh� � a vez de a grava��o do programa do Silvio Santos ir ao ar. E na segunda o presidente aparecer� no programa do Ratinho, tamb�m do SBT. Na segunda-feira, o presidente deve estar em S�o Paulo para participar pela manh� de uma entrevista ao vivo para a R�dio Bandeirantes.
TUDO OU NADA Fevereiro � mesmo a data limite para o governo tentar mudar as regras da Previd�ncia. O pr�prio ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, j� admitiu que se a reforma n�o for aprovada no m�s que vem, o governo n�o insistir�, diante do calend�rio legislativo cada vez curto por causa das elei��es gerais de outubro. Ele, entretanto, manifestou otimismo e disse que o governo conseguir� aprovar as mudan�as porque os deputados entenderam a import�ncia de evitar a fal�ncia da Previd�ncia.