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Estado de Minas

Cen�rio sem Lula altera t�ticas de pr�-candidatos


postado em 01/02/2018 08:18

Bras�lia, Rio e S�o Paulo, 01 - O ex-ministro Ciro Gomes, do PDT, vai ampliar as negocia��es para uma alian�a com o PSB; o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) decidiu aumentar o ritmo de entrevistas a ve�culos de comunica��o; depois de anunciar que n�o concorreria, o apresentador e empres�rio Luciano Huck (sem partido) voltou a figurar como poss�vel presidenci�vel na disputa de outubro. Os fatos pol�ticos descritos mostram que a expectativa de uma elei��o sem a presen�a de Luiz In�cio Lula da Silva j� mexe com o quadro eleitoral e com a estrat�gia de pr�-candidatos ao Planalto.

Se por um lado a poss�vel aus�ncia do ex-presidente contribui para deixar o cen�rio ainda mais indefinido, ela tamb�m aumenta a possibilidade de pulveriza��o das candidaturas � Presid�ncia. L�der nas inten��es de voto, o petista tende a ficar impedido de disputar mais um mandato no Planalto por causa da condena��o em segunda inst�ncia no caso do triplex do Guaruj� (SP). Com a decis�o colegiada da 8.� Turma do Tribunal Regional Federal da 4.� Regi�o (TRF-4), Lula poder� ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

Esse processo, contudo, s� dever� ser conclu�do em setembro e o PT afirma que vai insistir com o nome de Lula at� o fim.

Nesta quarta-feira, 31, foi divulgada a primeira pesquisa ap�s a decis�o do TRF-4. O Datafolha mostrou que o petista mant�m a dianteira, com at� 37% das inten��es de voto. Sem Lula, Bolsonaro (atingindo at� 20 pontos porcentuais) lidera os cen�rios do primeiro turno e quatro nomes aparecem em segundo lugar - Marina Silva (Rede), Ciro, Geraldo Alckmin (PSDB) e Huck.

A pr�-candidata da Rede e o presidenci�vel do PDT s�o os que mais se beneficiariam da migra��o de votos do petista. Esta situa��o deixa Marina em situa��o de melindre. Ao mesmo tempo em que procura arregimentar o eleitorado lulista, a ex-ministra do Meio Ambiente no governo do petista manteve uma postura de dist�ncia do ex-chefe no processo do TRF-4. A Rede chegou a divulgar nota que conclu�a que "todos s�o iguais perante a lei".

Para aliados, Marina ter� de modular o discurso para atrair parcela dos simpatizantes de Lula. Procurada nesta quarta, a Rede informou que a ex-ministra n�o iria dar entrevista.

No caso de Ciro, o foco no momento � o PSB, legenda com a s�tima maior bancada na C�mara, com 32 deputados, e com influ�ncia em Estados do Nordeste, entre eles, Pernambuco e Para�ba, onde possui governadores, e do Sudeste, como S�o Paulo e Minas Gerais. Al�m de buscar alian�as, Ciro deve intensificar viagens pelo Brasil. A ideia � aproveitar lan�amentos de pr�-candidaturas do partido a cargos majorit�rios para rodar o Pa�s.

Ele tamb�m j� definiu o perfil de candidato a vice que vai procurar. "Queremos algu�m com bom relacionamento com o empresariado do Sul-Sudeste. Procuramos um Jos� Alencar", disse o novo l�der do PDT na C�mara, Andr� Figueiredo (CE), em refer�ncia ao vice-presidente da Rep�blica - morto em 2011 - durante os dois governos Lula.

Pernambuco

No caso do PSB, a estrat�gia de Ciro � trazer o partido para sua �rbita por meio dos integrantes da legenda em Pernambuco, considerada a ala mais lulista e cuja posi��o tem peso nas decis�es nacionais da sigla.

O PSB tamb�m se movimenta entre a candidatura pr�pria - uma ala trabalha para filiar o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa - e numa articula��o pr�-Alckmin do vice-governador de S�o Paulo, M�rcio Fran�a (PSB).

O tucano voltou a minimizar nesta quarta o resultado das pesquisas neste momento. "O voto vai ser decidido l� na frente, a popula��o tem mostrado maturidade quando as decis�es s�o tomadas mais pr�ximas do per�odo eleitoral. A tarefa � ir para o segundo turno", afirmou Alckmin, que fez elogios a Huck. "Ele tem realmente esp�rito (p�blico), voca��o, pode servir como candidato e pode servir como n�o sendo candidato", disse. "Se ele vai ser candidato ou n�o, cabe a ele avaliar."

Cobi�ado pelo PPS, o apresentador da TV Globo voltou ao espectro da elei��o presidencial. O deputado Roberto Freire, presidente da legenda, disse que a presen�a de Huck no levantamento do Datafolha representa "um fato novo, que voltou � tona". "Vamos ver como � que isso vai prosseguir. Vai depender muito dele."

Bolsonaro avalia que uma eventual aus�ncia de Lula da corrida presidencial pode favorec�-lo. "O Lula saindo, quem vai ser mais beneficiado numa pesquisa isenta vai ser eu. � o meu sentimento. Nesse debate quem � que pode chamar quem de ladr�o? Acho que s� eu", disse o parlamentar.

Mais conhecido pelo trabalho pol�tico nas redes sociais, o presidenci�vel agendou para a pr�xima semana pelo menos dez conversas com radialistas de S�o Paulo, do Rio e de Estados do Sul. Ele ainda dever� ter r�pidas participa��es em programas de r�dio do Nordeste e do Centro-Oeste.

Com uma postura cr�tica a jornais, revistas e TVs dos grandes centros, o deputado se desdobra para atender a pedidos de conversas com profissionais do interior dos Estados e de cidades das regi�es metropolitanas.

O resultado do Datafolha refor�a a estrat�gia petista de insistir com o nome de Lula. O aumento recorde de votos brancos e nulos sem a presen�a de Lula, constatado pelo instituto, deu base para petistas dizerem que a exclus�o do ex-presidente pode deslegitimar a elei��o. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Igor Gadelha, Leonencio Nossa, Constan�a Rezende, Marianna Holanda e Ricardo Galhardo)


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