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Estado de Minas

MPF investiga Cristiane Brasil por associa��o ao tr�fico

Crime teria ocorrido durante a campanha eleitoral de 2010, quando a frente de uma secretaria municipal do Rio, Cristiane teria pago a traficantes para que o cunhado, que era candidato, tivesse o %u201Cdireito exclusivo%u201D a fazer campanha em Cavalcanti, bairro da zona norte da cidade


postado em 03/02/2018 07:36 / atualizado em 03/02/2018 09:56

(foto: Lucio Bernardo Junior/Camara dos Deputados)
(foto: Lucio Bernardo Junior/Camara dos Deputados)

A deputada federal e ministra nomeada do Trabalho, Cristiane Brasil (PTB-RJ), � alvo de um inqu�rito policial que apura suspeitas de tr�fico de drogas e associa��o para o tr�fico durante a campanha eleitoral de 2010. A investiga��o foi enviada ontem � Procuradoria-Geral da Rep�blica, em Bras�lia, porque Cristiane possui foro privilegiado. O inqu�rito tamb�m apura suposto envolvimento no caso do deputado estadual Marcus Vinicius (PTB), ex-cunhado da parlamentar, e tr�s assessores dela na �poca. Eles s�o acusados de dar dinheiro a traficantes de Cavalcanti, bairro pobre da zona norte da cidade e uma das bases eleitorais da deputada.

O procedimento foi aberto inicialmente pela Pol�cia Civil ap�s den�ncias encaminhadas por e-mail � Ouvidoria da corpora��o. O Estado teve acesso ao teor do inqu�rito policial. Os nomes dos autores das den�ncias foram preservados por motivo de seguran�a.

Conforme os denunciantes afirmaram no inqu�rito, assessores de Cristiane - que na �poca era vereadora licenciada e comandava uma secretaria municipal do Rio na gest�o de Eduardo Paes (MDB) - pagaram a traficantes para terem o “direito exclusivo” a fazer campanha na regi�o. Cristiane n�o se candidatou em 2010, mas naquele ano deu apoio para candidatura de Vin�cius - ent�o seu cunhado - � reelei��o. Ela se candidatou e foi eleita deputada em 2014. Cristiane e Vinicius negam todas as acusa��es.

O inqu�rito investiga tamb�m se l�deres comunit�rios foram constrangidos pelos criminosos a fazer campanha eleitoral. Nas den�ncias h� refer�ncias a “Zezito”, apontado como chefe do tr�fico das comunidades Vila Primavera, Parque Silva Vale e JJ Cowsert, localizadas no bairro de Cavalcanti.

‘Chef�o’

Segundo um dos denunciantes afirmou no inqu�rito, os traficantes chegaram “ao absurdo de levarem as presidentes das associa��es do bairro para conversar com o chef�o do morro porque elas n�o queriam trabalhar para a vereadora (Cristiane). A inten��o dele (assessor) era que o chef�o fosse mandar dar uma surra nelas e obrig�-las a trabalhar para a vereadora ou em caso de recusa at� mesmo mat�-las”.

Uma l�der comunit�ria relatou na investiga��o formal que foi amea�ada porque n�o participou de panfletagem da campanha da hoje ministra nomeada.

Um dos assessores de Cristiane � �poca foi acusado de, em cumplicidade com um primo apelidado de “Cigarr�o”, invadir casas dos moradores para a retirada de cartazes de outros pol�ticos por ordem de Zezito.

Ritmo

Em quase oito anos o inqu�rito andou devagar. Cristiane Brasil nunca foi ouvida, apesar de ter sido expedida contra ela, em 29 de setembro de 2011, uma intima��o para depoimento. A Pol�cia Civil tentou intimar Cristiane no Pal�cio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa. Na �poca ela era secret�ria de Envelhecimento Saud�vel do munic�pio.

O inqu�rito tramitava desde 2010 na Delegacia de Combate �s Drogas. Na semana passada, depois de o Estado pedir acesso aos autos, a investiga��o foi remetida pela Pol�cia Civil ao Minist�rio P�blico Estadual.

O MP Estadual imediatamente anunciou que o remeteria ao Minist�rio P�blico Federal no Rio. Em 2015, por�m, Cristiane, ap�s ser eleita deputa federal em 2014, ganhou direito a foro especial no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ela foi nomeada h� um m�s ministra do Trabalho pelo presidente Michel Temer. O objetivo de Temer era obter apoio do PTB, presidido por Roberto Jefferson, pai da deputada e presidente da legenda, � Reforma da Previd�ncia.

Uma s�rie de decis�es judiciais, a mais recente da presidente do Supremo, ministra C�rmen Lucia, a impediu provisoriamente a deputada de tomar posse. 


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