Sob press�o, PSDB avalia filiar Fran�a � legenda

S�o Paulo, 13 - Porto seguro do PSDB nas elei��es presidenciais, o col�gio eleitoral paulista � hoje motivo de grande preocupa��o para os tucanos, em especial para o governador do Estado, Geraldo Alckmin. Pr�-candidato ao Planalto, Alckmin ainda n�o conseguiu unir o partido em torno de um palanque forte para sua sucess�o no Pal�cio dos Bandeirantes. Encerrado o carnaval, os pr�ximos dias ser�o decisivos em busca de uma solu��o para o impasse. Entre as op��es � mesa, est� at� a filia��o do atual vice-governador, M�rcio Fran�a (PSB), ao PSDB.

Al�m de Fran�a, o Pal�cio dos Bandeirantes tem como postulantes � candidatura governista o prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria, o secret�rio Floriano Pesaro, o cientista pol�tico Luiz Felipe D'�vila e o ex-senador Jos� An�bal, todos do PSDB. H� ainda a press�o do Planalto para que Alckmin apoie Paulo Skaf, do MDB, em troca da for�a do Planalto na elei��o nacional.

Se n�o encontrar uma sa�da que mantenha o PSDB unido, Alckmin corre o risco de sair enfraquecido na disputa nacional e tamb�m de deixar o PSDB desguarnecido em sua principal cidadela, o Estado de S�o Paulo, essencial para a sobreviv�ncia do partido desde 1995, quando Mario Covas (1930-2001) assumiu o governo.

O perigo aumentou na semana anterior ao carnaval com a aproxima��o de Fran�a, pr�-candidato ao governo, de partidos considerados de centro-esquerda, como o PC do B e o PDT, hoje fora da �rbita tucana.

Fran�a tem conversado com Orlando Silva, presidente do PC do B paulista, e com Carlos Lupi, do PDT nacional. Os dois partidos admitem apoiar Fran�a, mas s� se o PSDB estiver fora. No �mbito da elei��o nacional, por esse arranjo, o vice-governador teria que abrir o palanque em S�o Paulo para os presidenci�veis Manuela D'�vila (PC do B) e Ciro Gomes (PDT), al�m de Alckmin.

Para o secret�rio de Desenvolvimento Social Floriano Pesaro, do PSDB, seria muito ruim perder Fran�a para uma articula��o de esquerda: "Fragilizaria a candidatura do Geraldo".

Por conta disso, a possibilidade de Fran�a trocar o PSB pelo PSDB para concorrer � reelei��o, j� que ele deve assumir o governo de S�o Paulo a partir de abril, quando Alckmin tem de se desincompatibilizar, ganhou for�a recentemente.

Quadro

Assessores pr�ximos a Alckmin avaliam que a mudan�a seria o melhor cen�rio para o governador. Aliados do tucano resistem ao nome de Doria, que � classificado por eles como "inquieto, impulsivo e imprevis�vel", mas reconhecem que a candidatura do prefeito ganhou for�a nas �ltimas semanas ap�s o vice-prefeito, Bruno Covas, assumir papel central nas negocia��es.

Na segunda-feira, o PSDB realiza uma reuni�o para definir as pr�vias locais. O encontro � visto como o dia D para definir os rumos do partido. Doria quer que a disputa seja feita em abril, antes do fim do prazo para a desincompatibiliza��o. Os advers�rios internos preferem maio.

Apoio

A op��o de abrir m�o da candidatura para apoiar Fran�a pelo PSB, ventilada por aliados do governador, enfraqueceu nos �ltimos dias. A rea��o interna no PSDB foi acima do esperado. A avalia��o � que a medida "causaria um estrago muito grande". Mas o cen�rio n�o foi totalmente descartado e pode voltar ao tabuleiro eleitoral se o PSB sinalizar apoio a Alckmin nacionalmente.

A movimenta��o, contudo, encontra resist�ncia dentro do PSB. H� forte resist�ncia ao nome de Alckmin nos diret�rios de Pernambuco e Rio Grande do Sul. "Est� dif�cil para ele (Fran�a) trazer o PSB nacional para o Geraldo", avaliou um aliado do governador. "Sem apoio do PSB nacional, perde-se a narrativa de abrir m�o da cabe�a de chapa", sentenciou.

Caso a alian�a com Fran�a n�o avance, a sa�da seria apoiar Doria, avalia um alckmista: "Em �ltimo caso, o governador aceitar� Doria para evitar um desgaste maior em S�o Paulo". "O governador n�o est� completamente convencido que a op��o Doria seja ruim", disse um assessor do tucano, quando questionado sobre a op��o. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Pedro Venceslau e Adriana Ferraz)