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Estado de Minas

Delegados amea�am acionar STF caso Segovia interfira em investiga��es contra Temer

Em a entrevista a Reuters, o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, disse que as provas contra o presidente Michel Temer na investiga��o sobre o decreto dos Portos s�o fr�geis e indicou que o inqu�rito deveria ser arquivado


postado em 15/02/2018 11:48 / atualizado em 15/02/2018 12:05

Diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia(foto: José Cruz/Agência Brasil)
Diretor-geral da Pol�cia Federal, Fernando Segovia (foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)

Bras�lia - Os delegados do Grupo de Inqu�ritos perante o Supremo Tribunal Federal (STF), o GINQ, enviaram um of�cio ao diretor de Combate ao Crime Organizado da Pol�cia Federal, Eug�nio Ricas, na qual afirmam que n�o permitir�o qualquer tipo de interfer�ncia no inqu�rito que investiga o presidente Michel Temer e em outras apura��es contra pessoas com foro privilegiado.

O of�cio � uma resposta � entrevista concedida por Fernando Segovia a ag�ncia Reuters. Na entrevista, o diretor-geral da PF afirmou que as provas contra o presidente Michel Temer na investiga��o sobre o decreto dos Portos s�o fr�geis e indicou que o inqu�rito deveria ser arquivado.

"Em face dos recentes acontecimentos amplamente divulgados pela imprensa, os delegados integrantes deste Grupo de Inqu�ritos junto ao STF v�m a Vossa Excel�ncia dar conhecimento de que (...) n�o admitir�o, nos autos do inqu�rito 4621 ou em outro procedimento em tr�mite nesta unidade, qualquer ato que atente contra a autonomia t�cnica e funcional de seus integrantes, assim como atos que descaracterizam a neutralidade pol�tico-partid�ria de nossas atua��es", diz o of�cio. O inqu�rito 4261 citado � o que investiga a atua��o do presidente Michel Temer da edi��o do decreto dos Portos.

No texto, os delegados deixam claro que caso haja algum tipo de interfer�ncia o STF ser� acionado para ado��o de "medidas cautelares". Entre as medidas poss�veis, o of�cio cita o artigo 319 do C�digo de Processo Penal (CPP) que possibilita o afastamento do cargo p�blico e at� a pris�o domiciliar.

Para os delegados do GINQ, "uma vez que sejam concretizadas a��es que configurem tipos previstos no ordenamento penal" os fatos ser�o devidamente apresentados ao respectivo ministro relator, "mediante a competente representa��o, pleiteando-se pela obten��o das medidas cautelares cab�veis, nos termos do artigo 319 do C�digo de Processo Penal".

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Associa��o Nacional dos Delegados Federais (ADPF) Edvandir Paiva afirmou que o of�cio enviado pelos delegados do GINQ exp�e a crise de desconfian�a que existe na PF e demonstra que se houver algum tipo de interfer�ncia os delegados v�o agir.

Encontro


Nesta quarta-feira, 14, Segovia se reuniu com representantes dos delegados federais. No encontro, o diretor-geral disse estar arrependido sobre sua fala a respeito do inqu�rito dos Portos e prometeu que n�o h� nem nunca haver� interfer�ncia sobre o trabalho de delegados da corpora��o.

O diretor da PF tamb�m afirmou que ir� evitar conceder novas entrevistas e abordar temas relacionados a investiga��es em andamento. A fala de Segovia foi interpretada como uma mea-culpa do diretor da corpora��o, mas ainda n�o serviu para acabar com a crise iniciada com a entrevista divulgada na �ltima sexta-feira, 9.


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