Relatora da interven��o no Rio votou contra Temer nas duas den�ncias da PGR

Bras�lia - Pr�xima do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de seu pai, o vereador C�sar Maia (DEM-RJ), a relatora do decreto de interven��o na seguran�a p�blica no Rio de Janeiro, deputada Laura Carneiro (MDB-RJ), foi uma das emedebistas que votaram a favor do prosseguimento das duas den�ncias da Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR) contra o presidente Michel Temer. Em retalia��o, a deputada foi suspensa das fun��es partid�rias e afastada da vice-lideran�a da sigla na C�mara. Agora, a deputada est� de malas prontas para o DEM.

Alinhada com outros cinco deputados da bancada, a parlamentar fluminense n�o se esquivou de discursar na vota��o da primeira den�ncia a favor do prosseguimento da investiga��o. "Eu tive o cuidado de ler a den�ncia, a defesa e quem fala aqui � a filha do PMDB de Nelson Carneiro e Ulysses Guimar�es. A estabilidade de um Pa�s se d� pela cren�a e pela esperan�a de seu povo. Senhor presidente, eu voto pelo envio da mat�ria ao Supremo Tribunal Federal", disse na ocasi�o.

De perfil independente, combativa e sem papas na l�ngua, Laura Carneiro circula bem entre os partidos do bloco governista e de oposi��o. Mesmo integrando a base aliada, Laura � um dos votos contra a reforma da Previd�ncia e contra a privatiza��o da Eletrobras.

A deputada � filha do senador Nelson Carneiro (MDB), autor da emenda constitucional aprovada em 1977, que permitiu o div�rcio no Brasil. A emedebista herdou o eleitorado do pai e hoje concentra votos na capital do Estado.

Laura Carneiro foi eleita deputada federal pela primeira vez em 1995 e desde ent�o j� passou pelo PSDB, PP, PTB e o antigo PFL. Em 2008, se distanciou de C�sar Maia por apoiar a candidatura de Eduardo Paes � prefeitura do Rio. Na �poca, Laura era assessora especial de C�sar Maia e deixou o cargo ap�s se recusar a apoiar Fernando Gabeira (PV) na disputa.

Em seu quarto mandato, a emedebista conseguiu em sua �ltima elei��o 34.550 votos e apenas uma vaga de suplente. S� em janeiro do ano passado foi efetivada como titular. Ao escolher a deputada como relatora do decreto de interven��o, Maia d� a ela a chance de se destacar junto ao eleitorado fluminense e voltar � C�mara como titular.