Bras�lia, 22 - Pr�-candidato � Presid�ncia, o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, vai ter a palavra final sobre as candidaturas do PSDB aos governos estaduais. De acordo com aliados do tucano, a ideia � usar uma resolu��o partid�ria de 2014 que deu carta branca � executiva do partido para promover interven��es nos diret�rios regionais quando necess�rio.
Naquele ano, o senador A�cio Neves (MG) era presidente do PSDB e pr�-candidato ao Pal�cio do Planalto, assim como Alckmin agora. A proposta foi aprovada na �poca pelo diret�rio nacional, apesar de sofrer forte resist�ncia interna.
A preocupa��o no entorno de Alckmin � que ele fique sem palanques fortes nos principais col�gios eleitorais do Pa�s. Pelo mapa atual, o PSDB n�o tem op��es competitivas em Minas Gerais, Rio, Bahia e Pernambuco, que representam cerca de 30% do eleitorado nacional.
Por ora, o partido contabiliza 12 pr�-candidaturas consideradas "consolidadas" pela c�pula tucana, mas parte delas pode acabar sendo sacrificada em nome do projeto nacional. Alckmin tem dito a aliados que nesses casos � normal que "a ordem venha de cima".
Potenciais aliados do PSDB na elei��o presidencial de outubro, PSD, DEM, PSB e PPS devem apresentar ao governador suas listas de prioridades regionais. Essa equa��o ser� decisiva para os tucanos.
O DEM calcula nove potenciais candidaturas estaduais, sendo Goi�s, Rio, Bahia e Rio Grande do Sul as priorit�rias. A legenda pede que os tucanos apoiem Ronaldo Caiado em Goi�s, C�sar Maia no Rio, ACM Neto na Bahia e Onyx Lorenzoni no Rio Grande do Sul.
J� as conversas de Alckmin com o PSB s� avan�ar�o se o partido desistir de disputar Pernambuco, Distrito Federal e Esp�rito Santo para apoiar a sigla.
Fator Minas. Base de A�cio, que planeja disputar a reelei��o, Minas Gerais � a maior preocupa��o dos auxiliares e estrategistas do governador paulista. O Estado representa 10,6% do eleitorado nacional.
O PSDB caminhava para fechar uma alian�a com o DEM, que deve lan�ar o deputado Rodrigo Pacheco ao governo do Estado. O acordo, por�m, n�o vingou por causa da resist�ncia do DEM a incorporar A�cio na chapa como candidato ao Senado.
Pacheco, que vai deixar o MDB mineiro para ingressar no DEM, disse nesta quarta-feira, 21, que n�o faz obje��o em apoiar a candidatura presidencial de Alckmin no Estado e que gostaria de ter em seu palanque o senador tucano Antonio Anastasia (mais informa��es nesta p�gina) - nome que tamb�m agrada ao governador de S�o Paulo.
Aliados de A�cio, no entanto, ensaiam lan�ar um deputado federal da bancada mineira com o objetivo de marcar posi��o e garantir a candidatura � reelei��o do senador. Essa op��o, por sua vez, desagrada a interlocutores de Alckmin. A solu��o de consenso seria colocar Anastasia na disputa ao governo mineiro.
L�deres e deputados do PSDB pressionaram nesta quarta Anastasia, que resiste � ideia. Em Bras�lia, onde passou o dia, Alckmin se reuniu com o senador mineiro e afirmou que ele � o "candidato natural" do partido ao Pal�cio Tiradentes, sede do governo estadual.
Minas Gerais, atualmente sob o comando do petista Fernando Pimentel, foi governada por Anastasia de 2010 a 2014. O senador era vice de A�cio, que renunciou ao cargo para concorrer � vaga no Senado.
Alckmin disse que ser� o "porta-bandeira" de Anastasia, caso ele queira disputar o cargo. "Anastasia � um quadro excepcional, une o partido e tamb�m os aliados. Se depender de mim, estarei na linha de frente, porta-bandeira do Anastasia", afirmou o presidenci�vel tucano.
Conversas
Alckmin teve nesta quarta em Bras�lia v�rios encontros ao longo do dia com senadores de Esp�rito Santo, Cear�, Minas Gerais e Santa Catarina.
O l�der do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), foi um dos que discutiram sobre as elei��es com o governador de S�o Paulo. Tamb�m houve conversas com os senadores Tasso Jereissati (CE) e Ricardo Ferra�o (ES), al�m de Anastasia.
(Pedro Venceslau, Adriana Ferraz e Renan Truffi, com colabora��o de Daiene Cardoso)