S�o Paulo, 23 - A Opera��o Jabuti aponta que a chef de cozinha do Pal�cio Guanabara e a governanta particular do ex-governador S�rgio Cabral (MDB) eram pagas com verba do Senac. Desdobramento da Opera��o Lava Jato deflagrado nesta sexta-feira, 23, a a��o prendeu o presidente da Fecom�rcio do Rio, Orlando Diniz por ordem do Superior Tribunal de Justi�a. Diniz tamb�m � presidente afastado do Sesc/Senac
A Lava Jato afirma que Diniz contratou a pedido de S�rgio Cabral pelo menos outros seis funcion�rios fantasmas, que recebiam sal�rios mas nunca prestaram servi�os para essas entidades. Al�m da chef de cozinha e da governanta, foram contratados parentes de operadores de propina do esquema.
"Os sal�rios eram pagos com verbas do or�amento do Sesc/Senac, sendo que o total de pagamentos atingiu o valor total de R$ 7.674.379,98", afirma o Minist�rio P�blico Federal, do Rio, em nota.
"Atrav�s de seu amigo Orlando Diniz, Cabral 'terceirizou' essa rotina de entrega do produto da propina aos seus colaboradores, considerando essa 'vantagem indevida' oferecida ao ex-governador (e influente pol�tico fluminense) pelo presidente daquelas entidades, consubstanciada na inclus�o na folha de pagamento do Sesc/Senac de pessoas de fato a servi�o privado de Cabral ou que jamais exerceram quaisquer fun��es nas entidades."
De acordo com o Minist�rio P�blico Federal a governanta particular de Cabral prestou depoimento "e admitiu que era funcion�ria do Senac, mas nunca l� comparecera para trabalhar".
O Minist�rio P�blico Federal, a Pol�cia Federal e a Receita foram �s ruas nesta sexta para cumprir um mandado de pris�o preventiva, tr�s pris�es tempor�rias, dez ordens de busca e apreens�o e dez intima��es para investigados prestarem depoimentos, determinadas pelo Ju�zo da 7� Vara Federal Criminal.
A opera��o investiga crimes de lavagem de dinheiro, corrup��o ativa e passiva e pertin�ncia a organiza��o criminosa.
Segundo a for�a-tarefa da Lava Jato no Rio, a Opera��o Jabuti mira um esquema que seria 'uma ramifica��o da organiza��o criminosa liderada por S�rgio Cabral no Sistema Fecom�rcio do Estado do Rio de Janeiro, presidido por Orlando Santos Diniz.
O chefe da entidade, afirma a Procuradoria da Rep�blica, "lavou" entre os anos de 2007 e 2011 cerca de R$ 3 milh�es pela sua empresa de consultoria Tunder Assessoria Empresarial, em esquema autorizado pelo ex-governador e que contou com a atua��o dos seus operadores Carlos Miranda e Ary Filho, o Arizinho.
"A lavagem de dinheiro se efetivava pela assinatura de contratos em que a Thunder prestaria servi�os de "elabora��o de clipping de not�cias" e de "coment�rio conjuntural com a an�lise dos fatos mais importantes nos setores empresariais selecionados" para empresas dos Grupos Dirija e Rubanil, servi�os estes que nunca foram realizados de fato", afirma a Lava Jato.
Defesa
A reportagem est� tentando contato com a defesa de Orlando Diniz. O espa�o est� aberto para manifesta��o.
(Julia Affonso)