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Estado de Minas

Opera��o da PF dificulta 'plano B' do PT ao Planalto

Ex-governador da Bahia Jaques Wagner, cotado para ser candidato a presidente da Rep�blica,no Lugar e Lula, � suspeito de receber propina de R$ 82 milh�es


postado em 27/02/2018 07:36 / atualizado em 27/02/2018 09:52

Ex-governador da Bahia Jaques Wagner(foto: Joá Souza//Estadão Conteúdo)
Ex-governador da Bahia Jaques Wagner (foto: Jo� Souza//Estad�o Conte�do)

S�o Paulo - A opera��o da Pol�cia Federal que atingiu nesta segunda-feira, 26, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner imp�s mais dificuldades para o PT ter candidato pr�prio ao Pal�cio do Planalto.

Cotado como poss�vel op��o petista na elei��o presidencial caso Luiz In�cio Lula da Silva seja mesmo enquadrado na Lei da Ficha Limpa e fique impedido de disputar, Wagner foi indiciado.

Ele � apontado em inqu�rito como destinat�rio de R$ 82 milh�es, em propinas e caixa 2, desviados da obra de reconstru��o do est�dio da Fonte Nova, em Salvador.

A a��o da PF, que chegou a pedir a pris�o tempor�ria do ex-governador - n�o acolhida pela Justi�a - e fez busca e apreens�o no apartamento dele, deu f�lego novo para o discurso de vitimiza��o do PT.

A c�pula petista classificou a Opera��o Cart�o Vermelho como mais um epis�dio de "persegui��o pol�tica" ao partido. Nome de maior destaque da legenda no Nordeste - principal reduto eleitoral do partido - Wagner, para alguns petistas, passou a ser considerado carta fora do baralho na disputa pela Presid�ncia.

Diante de um rev�s atr�s do outro, a c�pula do PT ainda n�o sabe o caminho a seguir.

Com o aval de Lula, o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad iniciou um movimento para construir a unidade da centro-esquerda na elei��o. Coordenador do programa de governo do petista, Haddad jantou recentemente com o pr�-candidato do PDT, Ciro Gomes.

O discurso oficial � de que a alian�a teria apenas o objetivo de montar projetos de desenvolvimento para o Pa�s, mas, na pr�tica, o que uma ala do PT come�a a discutir � a viabilidade de uma frente de centro-esquerda sem candidato pr�prio do partido.

Essa ideia, por�m, nem de longe conta com a maioria do PT.

Haddad foi criticado por se reunir com Ciro, na casa do ex-deputado Gabriel Chalita (PDT). Em conversas reservadas, dirigentes do PT dizem que o ex-prefeito age para ser vice do pedetista.

As articula��es do ex-prefeito, no entanto, t�m sido chanceladas pelo pr�prio Lula. Em conversas reservadas, amigos do ex-presidente j� avaliam que ele corre grande risco de ser preso. N�o querem, no entanto, que o candidato seja de outro partido. Muito menos que seja Ciro, considerado um "falastr�o".

Estranhamento


Wagner tamb�m vinculou a opera��o da PF �s elei��es. "� no m�nimo de se estranhar. Quando a gente chega no ano eleitoral, efetivamente eu sou citado como plano B, acontece o mesmo que ocorreu com o Fernando Haddad, tamb�m tido como plano B e tamb�m foi aberto inqu�rito contra ele (Haddad foi indiciado por caixa 2 na campanha � Prefeitura de S�o Paulo em 2012)", disse.

O ex-governador baiano j� resistia � ideia de substituir Lula na chapa. O seu plano sempre foi o de concorrer ao Senado. Nos bastidores, Wagner chegou a dizer que n�o poderia perder de jeito nenhum essa elei��o. Teme ficar sem cargo e sem foro privilegiado.

O comando do PT ainda diz que inscrever� a candidatura de Lula no dia 15 de agosto, mesmo se ele estiver preso. Trata-se de uma estrat�gia para fazer a defesa pol�tica do ex-presidente e do partido.

A avalia��o na sigla, no entanto, � de que se Lula for preso n�o ter� chance de reverter o quadro para concorrer. � por isso que o Plano B continua sendo t�o importante.

N�o h� acordo, no entanto, sobre o que fazer e a desorienta��o � geral. Haddad n�o tem apoio da c�pula para ser o "herdeiro" de Lula, mas o partido pode ser obrigado a bancar a candidatura dele ou a apoiar um nome de fora, mesmo a contragosto.

"Estrategicamente n�o seria bom para o PT abrir m�o de candidatura presidencial pr�pria. Certamente, o modus operandi das elei��es de 2014, os esc�ndalos de corrup��o e o processo de impeachment ser�o temas a serem retomados no debate eleitoral em 2018 pelos advers�rios do partido", disse o cientista pol�tico e professor da FGV-SP, Marco Antonio Carvalho Teixeira.

Para o historiador Lincoln Secco, professor da Universidade de S�o Paulo (USP), a a��o contra Wagner n�o enfraquece o PT no Nordeste j� que o atual governador da Bahia, Rui Costa, sucessor de Wagner, � quem comanda a m�quina estadual e Lula tem capital pol�tico pr�prio na regi�o. "Wagner era mesmo um nome pronto para substituir Lula", avaliou o historiador.


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