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Estado de Minas

Jungmann culpa classe m�dia por consumir droga e financiar crime organizado

Ministro da Seguran�a P�blica diz que muitos que reclamam da viol�ncia consomem drogas e financiam o crime organizado


postado em 28/02/2018 06:00 / atualizado em 28/02/2018 08:35

Presidente Michel Temer deu posse a Raul Jungmann, que deixou o Ministério da Defesa para assumir o da Segurança Pública(foto: ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)
Presidente Michel Temer deu posse a Raul Jungmann, que deixou o Minist�rio da Defesa para assumir o da Seguran�a P�blica (foto: ANT�NIO CRUZ/AG�NCIA BRASIL)

Bras�lia – Antes de demitir o delegado Fernando Segovia do comando da Pol�cia Federal, Raul Jungmann fez discurso de posse no Minist�rio da Seguran�a P�blica criticando a classe m�dia que, segundo ele, pede seguran�a, mas consome as drogas que financiam o crime organizado. Ele defendeu tamb�m papel maior do governo federal na seguran�a, cuja responsabilidade hoje recai principalmente sobre os estados, embora o crime organizado tenha atua��o nacional e internacional. Jungmann destacou ainda o fato de a seguran�a, diferentemente da educa��o e da sa�de, n�o ter um piso de gastos p�blicos.

“Pela frouxid�o dos costumes, aus�ncia de valores e de capacidade de entender o que � l�cito e il�cito, passam a consumir drogas Me impressiona no Rio de Janeiro, onde vejo as pessoas durante o dia clamarem pela seguran�a contra o crime. E est�o corretas. E � noite financiarem esse crime pelo consumo de drogas. N�o � poss�vel. S�o pontas que muitas vezes se ligam e precisam de estrat�gias diversas para serem devidamente combatidas”, afirmou o titular da pasta da Seguran�a P�blica.

O ministro disse que a maior parte dos gastos est� com os estados. “Dos R$ 81 bilh�es gastos com seguran�a em 2016, o esfor�o maior ficou com os estados: R$ 68 bilh�es. A Uni�o com R$ 9 bilh�es e os munic�pios com R$ 5 bilh�es. Os tr�s grandes centros de gastos que temos nos estados na �rea social s�o sa�de, educa��o e seguran�a. Sa�de e educa��o conquistaram pisos: 15% e 25%. Seguran�a n�o. N�o estou aqui a defender uma revincula��o de receitas. Estou apenas a mostra que, na medida em que a crise fiscal que recebemos mergulhava a Uni�o e o estados, a seguran�a acompanhou sem piso algum”, afirmou.

Raul Jungmann defeneu a cria��o do Sistema �nico de Seguran�a P�blica (Susp) e de uma autoridade sul-americana para tratar do tema, por causa da atua��o do crime organizado para al�m das dividas dos estados e das fronteiras do pa�s. E apontou os problemas na seguran�a no Brasil, como os 61 mil assassinatos por ano e o baixo n�mero de solu��o desses casos, o d�ficit crescente de vagas no sistema penitenci�rio e o fato de l�deres criminosos continuarem a comandar seus bandos mesmo presos.

“Estamos prendendo, mas estamos perdendo essa corrida. Prendemos muito, mas prendemos mal. Al�m disso, nossa justi�a criminal apresenta uma face, em que pese o trabalho de todos os operadores da Justi�a, muito negativa. Aproximadamente 27% a 30% de quem se encontra atr�s das grade est�o l� por causa das drogas. Apenas 8% dos homic�dios cometidos chegam � fase da den�ncia. O resto praticamente n�o � julgado, n�o tem continuidade”, afirmou o ministro.

Jungmann disse tamb�m que as for�as de seguran�a devem respeitar a lei e n�o podem se equiparar com o crime organizado. Quanto � cria��o da nova pasta, ele afirmou: “Por que o Minist�rio de Seguran�a P�blica? Eu diria que a Uni�o precisa aumentar suas responsabilidade e coordenar os entes federados. Coorden�-los e integr�-los. Combater duramente, enfatizo, duramente, o crime organizado, mas sem jamais desconsiderar a lei e os direitos humanos. Existem aqueles que prop�em combater o crime atrav�s da barb�rie, desconsiderando as leis. O estado e a sociedade n�o podem se equiparar ao crime organizado, n�o podem, sob pena de a ele se igualar.”


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