Bras�lia, 02 - Duas den�ncias contra o senador Romero Juc� (MDB-RR) foram liberadas para julgamento pelas turmas do Supremo Tribunal Federal (STF), nas quais o parlamentar � acusado pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. Se os ministros aceitarem a den�ncia, Juc� se torna r�u em dois processos, um deles instaurado a partir da Opera��o Zelotes.
Um dos inqu�ritos � relatado pelo ministro Edson Fachin. Neste, a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) acusa Juc� de receber, supostamente, nos anos de 2010 e 2014, vantagens indevidas no montante de R$ 1.333.333, entregues mediante diversas doa��es do empres�rio Jorge Gerdau ao Diret�rio Nacional e ao Diret�rio Estadual de Roraima do MDB, visando garantir sua atua��o parlamentar em prol de interesses do Grupo empresarial Gerdau.
A den�ncia acrescenta que as infra��es penais atribu�das a Romero Juc� e a Jorge Gerdau foram reveladas no �mbito da Opera��o Zelotes, cujo objetivo inicial era investigar esquema de compra de decis�es no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).
Como � relatada por Fachin, quem analisar� o inqu�rito � a segunda turma da Corte, presidida pelo pr�prio ministro - portanto ser� ele a marcar a data do julgamento.
No outro processo, relatado pelo ministro Marco Aur�lio, que tamb�m liberou o inqu�rito para julgamento na quinta-feira, 1�, o ent�o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, denunciou Juc� por, supostamente, solicitar e receber propina no valor de R$ 150 mil para atuar em favor da Odebrecht na tramita��o das Medidas Provis�rias 651/2014, conhecida como "Pacote de Bondades", e da 656/2014, que trata da redu��o para zero da al�quota de PIS e Cofins.
O ex-diretor de rela��es institucionais da empreiteira, Cl�udio Melo Filho, associou a doa��o destinada � campanha eleitoral do filho do senador, Rodrigo Juc�.
Em acordo de colabora��o premiada, Melo Filho relatou que o pagamento ocorreu exclusivamente pelo pedido de Romero Juc�, j� que a Odebrecht n�o tinha interesse na atua��o de Rodrigo Juc� em Roraima.
O presidente da primeira turma, a qual Marco Aur�lio comp�e, � o ministro Alexandre de Moraes. Ele escolher� a data em que os ministro decidem se aceitam ou n�o a den�ncia.
Nos autos dos processos, a defesa de Juc� nega as acusa��es da PGR e afirma n�o haver provas das pr�ticas relatadas. Os advogados de Jorge Gerdau tamb�m negam as acusa��es.
(Amanda Pupo)